A TCFC COMO MÉTODO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DOS TONSILÓLITOS: RELATO DE CASO.

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
A TCFC COMO MÉTODO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DOS TONSILÓLITOS: RELATO DE CASO.
Autores
  • Alexandre Kuster de Souza Paiva
  • Pedro Henrique Dos Santos Sattler
  • Vicenzo Oliveira Rivetti
  • JESCA NEFTALI NOGUEIRA SILVA
  • Nathália Ribeiro Cruz
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/718629-a-tcfc-como-metodo-auxiliar-no-diagnostico-dos-tonsilolitos--relato-de-caso
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Tonsilólitos, Radiografa panorâmica, Tomografia de feixe cônico, Radiografia panorâmica.
Resumo
As tonsilas faríngeas possuem numerosas invaginações profundas cobertas por epitélio. A função dessas criptas amigdalianas é aumentar a superfície de contato para a interação das células imunológicas do tecido linfóide com o meio bucal. Essas criptas retorcidas são frequentemente preenchidas com queratina descamada e materiais estranhos com colonização bacteriana secundária que podem formar os tonsilólitos, ou cálculos amigdalianos nas criptas das amígdalas [1]. Esta é uma condição comum, muitas vezes assintomática, que pode causar desconforto e mau hálito [2]. As características clínicas e radiológicas deste achado radiográfico apresenta uma ou mais criptas aumentadas preenchidas com detritos amarelados, que podem ser moles, friáveis ou densamente calcificadas. Ao contrário da amigdalite aguda, não há dor aguda, inflamação intensa ou hematoma intenso no tecido ao redor da amígdala [3]. Os cálculos das tonsilas podem se desenvolver em diversas idades, desde crianças até idosos, com idade média em torno de 40 anos. Os homens são afetados duas vezes mais que as mulheres. Estas calcificações variam desde alterações pequenas e clinicamente insignificantes até calcificações maciças com mais de 14 cm [1-4]. O diagnostico diferencial dos tonsilólitos pode ser feito por diversas lesões na região do ramo da mandíbula, como odontoma, osteoma, osteosclerose idiopática, sialólito, flebólito, calcificações carotídeas e processo hamular longo. O tonsilólitos podem ser um achado radiográfico detectado por radiografia panorâmica (RP), uma vez que se trata de uma patologia assintomática [4]. Geralmente não precisam de nenhum tratamento invasivo, exceto quando estão associados à hiperplasia amigdaliana ou a sintomas clínicos. Ocasionalmente, os indivíduos acometidos tentam remover as concreções amigdalianas com instrumentos, como canudos, palitos de dentes ou instrumentais odontológicos. Estas tentativas podem causar dano no tecido tonsilar adjacente e devem ser desencorajadas. Os pacientes devem ser orientados a tentar a remoção com gargarejos com água morna e sal. Os cálculos superficiais podem ser enucleados ou curetados. Tonsilólitos mais profundos requerem excisão local. A recidiva das concreções removidas é comum [5]. A radiografia panorâmica é uma técnica que permite a visualização do complexo maxilo mandibular de forma ágil com baixa dose de radiação ionizante, boa qualidade de imagem e baixo custo de realização para o paciente. Porém, apresenta como desvantagem a sobreposição da imagem e distorções que pode trazer alguma dificuldade de interpretação. A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) permite a visualização de forma tridimensinal que elimina a superposição de estruturas por meio da manipulação de imagens. Esse exame de imagem foi incorporado à prática odontológica, possibilitando a identificação de imagens radiopacas (hiperdensas) sugestivas de calcificação de partes moles, com detalhes de sua morfologia e localização [6]. Paciente do gênero masculino, 67 anos, sem nenhuma comorbidade, realizou uma radiografia panorâmica para avaliação clínica geral dos dentes presentes em boca. Ao realizar a interpretação deste exame, foi observado múltiplas imagens radiopacas, bem delimitadas, sobreposta ao ramo da mandíbula bilateralmente sugestiva de tonsilólitos. Não foi possível realizar o exame físico intraoral minunciosamente pois o mesmo apresentava muita ânsia de vômito durante o atendimento. Devido à grande reabilitação protética, foi solicitado uma TCFC para avaliação dos dentes com tratamento endodônticos bem as estruturas anatômicas circunvizinhas. Ao avaliar os cortes axiais foi possível observar diversas calcificações Hiperdensas na região de orofaringe auxiliando no diagnóstico e confirmação destas calcificações. De acordo com CENTRURION, 2011 [7]. o estudo das imagens dos tonsilólitos é relatado na literatura por meio de radiografias panorâmicas, na grande maioria dos casos e tomografia computadorizada de feixe cônico. Nas radiografias panorâmicas aparecem como radiopacidades pequenas e mal definidas, que podem ser múltiplas ou únicas. Devido à sobreposição das estruturas, a visualização é mais precisa pela TCFC mostrando que os achados incidentais de tonsilólitos por meio de radiografias panorâmicas e subsequentes TCFC dos mesmos pacientes tornam o diagnóstico preciso. Com isso, é possível concluir que TCFC é um excelente método auxiliar no diagnóstico de calcificações da região de tecido mole de cabeça e pescoço por ser um exame tridimensional, com baixa dose de radiação e ao alcance dos cirurgiões-dentistas. Bibliografia 1. SHIKINO, K.; IKUSAKA, M. Tonsillolith. Clinical Case Reports, v. 9, n. 6, p. 9–10, 2021. 2. GAN, B. C.; MOHAMAD, I. RELATO DE CASO A concealed giant peritonsillolith masquerading as oropharyngeal tumor ? Peritonsilólito gigante oculto mimetizando um tumor orofaríngeo. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Versão em Português), v. 86, p. 72–74, 2020. 3. TAKAHASHI, A. et al. Prevalence and imaging characteristics of palatine tonsilloliths evaluated on 2244 pairs of panoramic radiographs and CT images. Clinical Oral Investigations, v. 21, n. 1, p. 85–91, 2017 4. OZDEDE, M. et al. Comparison of Panoramic Radiography and Cone-Beam Computed Tomography for the Detection of Tonsilloliths. Medical Principles and Practice, v. 29, n. 3, p. 279–284, 2020. 5. NEVILLE, B. W. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 4. ed. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Ltd, 2016.CENTURION, B. S. Estudo das calcificações em tecidos moles em exames de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico e Panorâmica Digital. [s.l.] Universidade de São Paulo, 2011. 6. COSTA, A. P. C. et al. Efeitos De Magnificação Em Radiografia Panorâmica. Carpe Diem: Revista Cultural e Cientifica do UNIFACEX, Natal-RN, v.12, n.01, 2014., v. 12, n. 1, p. 1–11, 2014.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PAIVA, Alexandre Kuster de Souza et al.. A TCFC COMO MÉTODO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DOS TONSILÓLITOS: RELATO DE CASO... In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/718629-A-TCFC-COMO-METODO-AUXILIAR-NO-DIAGNOSTICO-DOS-TONSILOLITOS--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 26/04/2025

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