“A DESLIZANTE CAÇA DIALÉTICA” DA POESIA: UMA LEITURA DE “A TEORIA DO JARDIM”, DE DORA RIBEIRO

Publicado em 23/09/2022 - ISSN: 1984-7610

Título do Trabalho
“A DESLIZANTE CAÇA DIALÉTICA” DA POESIA: UMA LEITURA DE “A TEORIA DO JARDIM”, DE DORA RIBEIRO
Autores
  • Paulo Eduardo Benites de Moraes
Modalidade
Resumo
Área temática
GT 17 – Poesia e modernidade
Data de Publicação
23/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/selluftm/486871-a-deslizante-caca-dialetica-da-poesia--uma-leitura-de-a-teoria-do-jardim-de-dora-ribeiro
ISSN
1984-7610
Palavras-Chave
Poesia, modernidade, tradição, contemporaneidade, metáfora.
Resumo
A presente comunicação tem como objetivo apresentar um estudo em torno da poesia de Dora Ribeiro. Nascida em Campo Grande, em 1960, a poeta viveu sempre em trânsito, passando por países como Portugal e China, enformando um dos topoi de sua poesia, a partida e o regresso, demarcado pela tensão entre um mundo Atlântico e um mundo interiorano. Este sujeito em trânsito acena para as figuras do poeta e da poesia em sua obra, tomadas como uma “deslizante caça dialética” de formas, identidades, espaços e paisagens. Desde sua obra de estreia, Ladrilho de palavras (1984), até a mais recente Olho empírico (2011), é notável o embate do poeta com o mundo e uma tentativa de (re)constituição dos vários mundos da poesia por meio da linguagem. Para tentar apresentar e discutir este problema na obra de Dora Ribeiro o presente trabalho concentra seu esforço de leitura na coletânea a teoria do jardim, de 2009. De modo ainda mais específico, interessa a construção das imagens do corpo como tentativa de conciliação de elementos inconciliáveis, tais como a razão e a fé, a vida e a morte, o material e o imaterial, o orgânico e o inorgânico, e de modo ainda mais profundo, a teoria e o jardim, metáforas vivas que nos remetem a um dos problemas centrais da poesia moderna, a relação entre a criação e a reflexão sobre o fazer poético. A hipótese maior de leitura segue a ideia segundo a qual a “teoria do jardim” se pretende uma teoria da poesia, sem, no entanto, propor uma síntese totalizante. Antes, a retomada do antigo tópico do jardim aponta, a cada vez que retorna, para os corpos em mutação, incluindo os corpos da poesia e do poeta como figuras errantes por entre as veredas dos jardins que se bifurcam. Assim, a poesia de Ribeiro coloca-se na tensão entre a tradição e contemporaneidade.
Título do Evento
VIII SELL - Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Título dos Anais do Evento
Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MORAES, Paulo Eduardo Benites de. “A DESLIZANTE CAÇA DIALÉTICA” DA POESIA: UMA LEITURA DE “A TEORIA DO JARDIM”, DE DORA RIBEIRO.. In: Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Anais...Uberaba(MG) UFTM, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/selluftm/486871-A-DESLIZANTE-CACA-DIALETICA-DA-POESIA--UMA-LEITURA-DE-A-TEORIA-DO-JARDIM-DE-DORA-RIBEIRO. Acesso em: 26/04/2025

Trabalho

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