O TÓPICO-SUJEITO NA BAHIA E EM PERNAMBUCO: CONSTRUÇÃO DA ECOLOGIA LINGUÍSTICA

Publicado em 03/04/2023 - ISBN: 978-85-5722-653-1

Título do Trabalho
O TÓPICO-SUJEITO NA BAHIA E EM PERNAMBUCO: CONSTRUÇÃO DA ECOLOGIA LINGUÍSTICA
Autores
  • ELAINE ALVES SANTOS MELO
  • Jonã dos Santos Rosa
Modalidade
Comunicação em Simpósio Presencial
Área temática
AT062 - Variedades de Português em Contato Linguístico
Data de Publicação
03/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/simelp2022/527396-o-topico-sujeito-na-bahia-e-em-pernambuco--construcao-da-ecologia-linguistica
ISBN
978-85-5722-653-1
Palavras-Chave
Português Brasileiro, Ecologia da Evolução Linguística, Tópico-Sujeito
Resumo
Neste trabalho, objetiva-se: (i) investigar a emergência da construção de Tópico-Sujeito (PONTES, 1987) para testar a hipótese de que ela emergiu do contato linguístico do Português com as línguas bantas (AVELAR e GALVES, 2014). Trabalhar-se-á com o Tópico-sujeito existencial, ou seja, aquele em que o DP [+locativo] move-se para [Spec-TP] de TER existencial, como em “O Recife tem bairros”. A fim de desenvolver o trabalho, a partir do Transatlantic Slave Trade Database, levantamos dados sobre o tráfico dos escravizados para os estados de Pernambuco e da Bahia, nos séculos XVIII e XIX, áreas em que prevaleceram, respectivamente, escravizados dos grupos banto e não banto. Ademais foram coletados dados de construções com Ter existencial em cartas de leitor, de redator e de anúncios dos dois estados, nos séculos XIX e XX. As hipóteses que norteiam o trabalho são: (i) o Tópico-Sujeito existencial é produto da mudança do Português Brasileiro, que tende a preencher a posição de sujeito; (ii) se a hipótese de Avelar e Galves (2014) estiver correta, nas áreas onde chegaram mais escravizados do grupo banto, a frequência de Tópico-Sujeito será maior. Utiliza-se os pressupostos da Ecologia da Evolução Linguística (MUFWENE, 2001, 2008) e da Teoria Gerativa em sua versão minimalista (CHOMSKY, 1995). Os resultados parciais indicam que o contato linguístico do Português com as línguas bantas pode não ser a única causa da emergência da construção. Defendemos, a partir de Melo (2015), Melo e Cavalcante (2020) e Abranches e Melo (2021), que: (i) o alçamento do DP[+locativo] para [Spec-TP] ocorre para checagem de caso e resulta da mudança no Parâmetro do sujeito nulo; (ii) no feature pool berçário do PB, houve uma confluência de contatos de traços de línguas diversas, os quais desencadearam uma série de construções prototípicas à gramática do PB, dentre elas o Tópico-sujeito.
Título do Evento
SIMELP - Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Título dos Anais do Evento
Anais do VIII Simelp - VIII Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa - Edição Especial Híbrida Angola-África
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MELO, ELAINE ALVES SANTOS; ROSA, Jonã dos Santos. O TÓPICO-SUJEITO NA BAHIA E EM PERNAMBUCO: CONSTRUÇÃO DA ECOLOGIA LINGUÍSTICA.. In: Anais do VIII Simelp - VIII Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa - Edição Especial Híbrida Angola-África. Anais...São Paulo(SP) Universidade de São Paulo, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simelp2022/527396-O-TOPICO-SUJEITO-NA-BAHIA-E-EM-PERNAMBUCO--CONSTRUCAO-DA-ECOLOGIA-LINGUISTICA. Acesso em: 19/09/2024

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