RELAÇÕES ECONÔMICAS E DIPLOMÁTICAS ENTRE O CHILE E A CHINA NO PERÍODO 2005-2020 FACE À PRESENÇA CHINESA NA AMÉRICA DO SUL (PANORAMA PRELIMINAR)

Publicado em 25/11/2022 - ISBN: 978-65-5941-910-4

Título do Trabalho
RELAÇÕES ECONÔMICAS E DIPLOMÁTICAS ENTRE O CHILE E A CHINA NO PERÍODO 2005-2020 FACE À PRESENÇA CHINESA NA AMÉRICA DO SUL (PANORAMA PRELIMINAR)
Autores
  • Jorge Antonio da Paz Ribeiro
Modalidade
Pôster
Área temática
Economia Política Internacional
Data de Publicação
25/11/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spabri2022/503352-relacoes-economicas-e-diplomaticas-entre-o-chile-e-a-china-no-periodo-2005-2020-face-a-presenca-chinesa-na-americ
ISBN
978-65-5941-910-4
Palavras-Chave
china-chile, relações comerciais, relações diplomáticas, imperialismo, dependência
Resumo
Este trabalho é fruto de pesquisas em desenvolvimento no âmbito do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com o apoio do próprio PIBIC da UFBA. O objeto deste trabalho são as relações econômicas e diplomáticas do Chile com a China face à presença chinesa na América do Sul no período 2005 à 2020. O objetivo é traçar um panorama das relações econômicas e diplomáticas entre a China e o Chile entre 2005 e 2020, acompanhando o seu desenvolvimento no período, observando o quadro político interno do Chile (os governos entre 2005 e 2020) e a política externa chilena em relação à China, além das circunstâncias políticas, econômicas e diplomáticas da ascensão chinesa e sua relação com a América do Sul. Utiliza-se os conceitos clássicos de Imperialismo, a partir de Vladimir Lênin (1916), com atualizações de Atílio Borón (2005) e François Chesnais (2007), e de Dependência, a partir de Ruy Mauro Marini (1973), incluindo atualizações de Jaime Osorio (2012, 2019), e trabalhos específicos sobre o processo de modernização da China após as reformas estatais iniciados em 1978, como as contribuições de Renildo Souza (2018) e Marcelo Gullo (2014), e sobre a ascensão da China na América do Sul, conforme a discussão trazida por Jorge Almeida (2019, 2021) e Raúl Bernal-Meza (2019). A metodologia utilizada fundamenta-se na perspectiva marxista de interlocução dialética entre o referencial teórico e os dados coletados de fontes primárias e secundárias, a partir de métodos qualitativos e quantitativos envolvendo análise documental e estatística. No caso das relações econômicas e diplomáticas entre o Chile e a China, cabe assinalar que a presença chinesa no continente vem se intensificando desde o início dos anos 2000, com a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio) e sua política de going out que promoveu a internacionalização do capital chinês no mundo por meio de seus bancos e empresas (estatais e privadas). No campo diplomático, houve a assinatura do TLC (Tratado de Livre-Comércio) entre Chile e China em 2005 durante o governo de Michele Bachelet, estabelecendo ambiente diplomático favorável à cooperação bilateral e maior aproximação econômica entre os dois países no campo do comércio exterior e da presença do capital chinês no Chile. Outro fato no campo diplomático que se desenvolve desde 2014, foi a assinatura de um documento conjunto que ratificou a condição de “associação estratégica” na relação bilateral, que indica um aprofundamento das relações em diversas áreas, como comércio exterior, energia, ciência & tecnologia, agricultura, mineração e várias outras. No comércio exterior chileno, a China rivaliza diretamente com os Estados Unidos, que desde 2005 ocupa o primeiro lugar no ranking das importações chilenas (à exceção dos anos 2017 e 2018, onde a China ficou em primeiro lugar). A China já em 2010 liderava a participação no ranking das exportações chilenas com um índice de 25% e valor total de US$ 17.8 bilhões. Em 2019, o país asiático permanece líder e com um índice já de 32%, com um valor total de US$ 21.6 bilhões. A principal pauta de exportação chilena para o país asiático é marcada pelo cobre refinado e pelo minério de cobre, ambos respondendo por 71,% das exportações (39,8% cobre refinado e 32% minério de cobre), para um valor total somado de US$ 194,9 bilhões. Em relação às importações realizadas da China, a principal pauta, na série histórica (2000-2020), corresponde à de máquinas e componentes eletrônicos, sobretudo computadores (16,8% das importações) e equipamentos de transmissão (14,4 % das importações). Esse segmento, na série histórica obteve um total de US$ 55,6 bilhões, superior à outros segmentos como o têxtil (US$ 41,2 bilhões), o de metais (US$ 20,4 bilhões), por exemplo. De acordo com esse panorama do comércio bilateral, pode-se dizer que o Chile segue a tendência latino-americana de exportar produtos primários (agrícolas e minerais) e importar produtos manufaturados (máquinas, componentes eletrônicos, produtos químicos), de alto valor agregado e sofisticação tecnológica. A China também realiza investimentos diversos no Chile, em perspectiva mais recente, na área de energia e de exploração mineral (lítio). Exemplo disso, é a chinesa BYD que venceu uma licitação recentemente, por US$ 61 milhões, para a aquisição de uma cota de exploração do lítio de, aproximadamente, 80 mil toneladas. De acordo com a licitação, a empresa terá 7 anos de exploração geológica e 20 anos de exploração do metal, fortalecendo a competitividade da empresa no mercado de veículos elétricos e baterias à base de lítio. Outro dado recente é a compra de 97% da Compañía General de Eletricidad (CGE) pela chinesa State Grid (SGID), por US$ 3 bilhões, que pertencia à empresa espanhola Naturgy. A mesma State Grid adquiriu a chilena Chilquinta, do setor de transmissão elétrica, por US$ 2,2 bilhões.
Título do Evento
Seminário de Pós-Graduação da Associação Brasileira de Relações Internacionais
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RIBEIRO, Jorge Antonio da Paz. RELAÇÕES ECONÔMICAS E DIPLOMÁTICAS ENTRE O CHILE E A CHINA NO PERÍODO 2005-2020 FACE À PRESENÇA CHINESA NA AMÉRICA DO SUL (PANORAMA PRELIMINAR).. In: Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais. Anais...São Paulo(SP) IRI-USP, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spabri2022/503352-RELACOES-ECONOMICAS-E-DIPLOMATICAS-ENTRE-O-CHILE-E-A-CHINA-NO-PERIODO-2005-2020-FACE-A-PRESENCA-CHINESA-NA-AMERIC. Acesso em: 29/04/2025

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