A laceração cervical em vacas acomete a parte inferior do útero que se estende para a vagina, sendo assim podem variar quanto a gravidade de pequenas feridas até rupturas mais extensas. A laceração está associada sobretudo a partos distócicos seja por causas maternas ou fetais, e pode ser recomendada a cesariana a depender do caso. O presente trabalho teve como objetivo relatar uma cesariana em vaca após a dilaceração cervical, em uma propriedade do alto sertão sergipano. O atendimento emergencial foi solicitado em razão das horas que o animal deu inicio ao trabalho de parto e após algumas tentativas de auxilio com manobras realizadas por práticos que não obtiveram sucesso. O animal se encontrava em decúbito lateral e o feto expôs os membros posteriores através do reto, após a realização do exame obstetrico constatou-se que o animal era excessivamente grande e não houve dilatação suficiente do canal do parto na vaca para expulsão do feto, todavia o mesmo encontrava-se com vida. Somado a isso, com a realização da palpação retal constatou-se a dilaceração na estrutura da cervix ( constituída das camadas: mucosa, submucosa, camada muscular e serosa) e devido ao tamanho, profundidade e a localização da lesão, que não permitiu o acesso visual e tátil, dessa maneira não havia a possibilidade de reconstituição das camadas, ocasionando a peritonite que se disseminou de maneira incontrolável levando a septicemia . Sendo assim, iniciou-se a cirurgia com a tricotomia no flanco esquerdo, na região ventral lateral esquerda onde foi realizada a anestesia subcutânea local com cloridrato de lidocaína (Lindofarm ®) 50 ml, seguida da incisão ate a exposição do útero, onde pode-se observar a contaminação fecal dentro da cavidade abdominal, com a retirada feto o procedimento foi finalizado com as suturas nas camadas da parede abdominal. No pós cirúrgico, bezerra recebeu colostro e a vaca foi tratada com 10 ml de cloridrato de ceftiofur (CEF- 50®) ml e 20 ml flunixim meglumine (flunixin injetável ®) a cada 24 horas, por um período de 2 dias. Infelizmente, porém não surpreendentemente, no terceiro dia pós-parto, a fêmea veio a óbito. Portanto, a principal causa foram as manobras excessivas que ocasionaram o rompimento da cervix, devido ao tamanho da bezerra que não conseguiu o ultrapassar o canal do parto, é uma condição que requer atenção veterinária imediata para evitar complicações e garantir a saúde reprodutiva contínua do animal. A prevenção e o manejo adequado durante o parto são fundamentais para reduzir o risco de lesões cervicais.
Título do Evento
III Semana Territorial de Ciência e Tecnologia Alto Sertão Sergipano - STCT 2023.2
Cidade do Evento
Nossa Senhora da Glória
Título dos Anais do Evento
Semana Territorial de Ciências do Alto Sertão Sergipano - STCT
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
Como citar
MELO, Ana Luiza Oliveira et al.. LACERAÇÃO CERVICAL EM VACA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/stct/782250-LACERACAO-CERVICAL-EM-VACA. Acesso em: 25/04/2025
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