USO DE LÍTIO NO TRANSTORNO BIPOLAR: RISCO DE TOXICIDADE

Publicado em 08/04/2024 - ISBN: 978-65-272-0395-7

Título do Trabalho
USO DE LÍTIO NO TRANSTORNO BIPOLAR: RISCO DE TOXICIDADE
Autores
  • Rayssa Julliane de Carvalho
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Emergências psiquiátricas
Data de Publicação
08/04/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/799705-uso-de-litio-no-transtorno-bipolar--risco-de-toxicidade
ISBN
978-65-272-0395-7
Palavras-Chave
Psicose Maníaco-Depressiva. Carbonato de lítio. Efeitos Adversos
Resumo
Introdução: O transtorno bipolar (TB) é uma doença crônica grave associada a altos riscos de recaída e recorrência, assim como ao aumento da morbidade e mortalidade. O lítio é a primeira escolha para o tratamento de longo prazo do TB, porém seu uso está comumente associado à toxicidade e com possíveis efeitos colaterais graves. Essa toxicidade pode ocorrer em casos de ingestão excessiva ou diminuição da excreção. Objetivo: Analisar o impacto da toxicidade do uso de lítio no tratamento do TB. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa com levantamento de dados realizado na base BVS, em janeiro e fevereiro de 2024, utilizando os descritores “lítio”, “transtorno bipolar” e “intoxicação”. Considerando os critérios de inclusão e exclusão, 6 artigos foram selecionados. Resultados: O TB é uma condição psiquiátrica crônica manifestando-se por meio de oscilações extremas de humor, com alternância de episódios de mania/hipomania e depressão. O lítio, considerado o padrão ouro em seu tratamento, tem uma janela terapêutica estreita e, por isso, está comumente associado à toxicidade. Na intoxicação aguda por lítio, podem aparecer manifestações como: vômitos, diarreia, ataxia, tremores, encefalopatia, bradicardia e prolongamento do intervalo QT. Quando crônica, observa-se parkinsonismo, demência, disfunção cerebelar e do tronco cerebral. O lítio causa disfunções renais, como defeitos glomerulares e tubulares, que podem resultar em, respectivamente, diminuição na taxa de filtração glomerular e diabetes insípido nefrogênico. Devido à interação medicamentosa, pacientes em uso de medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides e diuréticos tiazídicos precisam ser observados pelo maior risco de intoxicação. Para o diagnóstico, é necessária a dosagem sérica de lítio, bem como a melhora clínica após a interrupção do tratamento. Medidas de suporte, incluindo hidratação, estabilização e manutenção das vias aéreas, respiração e circulação, e monitorização adequada dos sistemas cardíaco, renal e nervoso, são essenciais no manejo do paciente intoxicado. A hemodiálise é uma técnica utilizada para remoção de lítio. Pode ser realizada uma descontaminação gastrointestinal com solução de polietilenoglicol para reduzir a absorção de lítio. Ressalta-se que a compreensão da gravidade da intoxicação por lítio deve ser sempre considerada e, portanto, deve ser utilizado no tratamento do TB sob extrema vigilância. Considerações finais: O lítio é o medicamento de primeira escolha para TB, mas os efeitos adversos decorrentes do seu uso devem ser considerados. Assim, é necessário o monitoramento do paciente, avaliando a necessidade de regular a dose terapêutica a fim de mitigar os impactos em sua na qualidade de vida.
Título do Evento
III CONGRESSO NACIONAL DE TRAUMA E MEDICINA DE EMERGÊNCIA
Título dos Anais do Evento
Anais do III Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARVALHO, Rayssa Julliane de. USO DE LÍTIO NO TRANSTORNO BIPOLAR: RISCO DE TOXICIDADE.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/799705-USO-DE-LITIO-NO-TRANSTORNO-BIPOLAR--RISCO-DE-TOXICIDADE. Acesso em: 27/04/2025

Trabalho

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