IDEIAS POLÍTICAS NO IMPÉRIO: BORGES DA FONSECA E A DEFESA DO SISTEMA REPUBLICANO NA IMPRENSA (1843-1855)

Publicado em 01/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0265-3

Título do Trabalho
IDEIAS POLÍTICAS NO IMPÉRIO: BORGES DA FONSECA E A DEFESA DO SISTEMA REPUBLICANO NA IMPRENSA (1843-1855)
Autores
  • Edson José de Meneses Alves
Modalidade
Comunicação em Simpósio Temático
Área temática
Imprensa e Culturas Políticas no Império do Brasil ( Prof. Dr. Roni César Andrade de Araújo - UFMA / Profa. Dra. Edyene Moraes dos Santos - UFMA)
Data de Publicação
01/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/733946-ideias-politicas-no-imperio--borges-da-fonseca-e-a-defesa-do-sistema-republicano-na-imprensa-(1843-1855)
ISBN
978-65-272-0265-3
Palavras-Chave
Imprensa, Borges da Fonseca, República, Império, Ideias.
Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar a atuação política de Antonio Borges da Fonseca dentro do ambiente político voltado para meados do Segundo Reinado, entre 1843 e 1855. Dentro deste campo podemos destacar seus embates e confrontos políticos discutindo e defendendo ideias em torno de república, federalismo e constituinte. Para isso, durante esse recorte cronológico, se utilizou de vários jornais, sendo três destacados aqui nesta pesquisa: O Nazareno, A Revolução de Novembro e O Republico. Neste mar de ideias proferidos na imprensa, Borges da Fonseca conseguiu expor suas ideias, sempre utilizando a Monarquia e o Imperador D. Pedro II como rivais. são destacáveis também que, pelas suas ideias, muitas das vezes conflituosas, o publicista paraibano adquiriu, ao longo de sua carreira política, rivais que não concordavam com suas opiniões. Não era raro, por exemplo, que eles manipulassem certas artimanhas para que o próprio Borges fosse parar nos tribunais e julgado pelo crime de liberdade de imprensa. Assim, dentre os vários desafetos, podemos destacar os jornais Diario Novo e Diario de Pernambuco como articuladores de uma oposição política a Borges da Fonseca. Um dos principais argumentos da pesquisa é que as ideias republicanas eram vistas como a solução para o desenvolvimento da nação, destacando os vícios e abusos que detinham a monarquia brasileira, assim como o imperador, D. Pedro II. Utilizando a abordagem qualitativa, será perceptível uma interpretação das fontes em torno do contexto que estavam inseridas. A partir do cruzamento de alguns jornais estudados foi perceptível um enorme debate entre “monarquistas” e “republicanos”, o que ajudou a perceber o clima político que o Brasil estava inserido. Este trabalho encontra-se em uma perspectiva da Nova História Política, bem como a História Social, voltada para um estudo “visto de baixo”, de um redator que era considerado “o indivíduo mais perigoso a causa da monarquia”. Em meio a esse recorte cronológico da presente pesquisa, é impossível não destacar o papel importante da Insurreição Praieira, iniciada em 1848, na qual, o próprio Borges da Fonseca, por diversas vezes, tentava impor aspectos republicanos na luta. Em seu jornal já mencionado, A Revolução de Novembro, o autor, justificando porque havia participado do movimento, argumentava que em sua luta defendia a “formação de uma república, eleições diretas, a exclusão de estrangeiros do comércio varejista e medidas protecionistas para a indústria nacional” (IAHGP, A Revolução de Novembro, nº 01, 01/09/1852). Essa discussão das ideias republicanas, entretanto, não era tão explícita como se pode imaginar. Isso porque, a monarquia brasileira tinha as suas armas para tentar conter o avanço destas “ideias sediciosas” que corriam pela imprensa. Por isso, o monarca se prevalecia da Constituição de 1824, o Código Criminal de 1830 e a Lei de Imprensa promulgada em 20 de setembro do mesmo ano, que proibia apologias de mudanças de regime e críticas ao imperador. Assim, algumas estratégias eram utilizadas, como destaca Silvia Fonseca e Marcello Basile, na qual, para defender a república eram utilizados termos como “monarquia eletiva”, “monarquia americana” e “monarquia republicana” (BASILE, 2019, p. 159). Outro termo importante e bem lembrado por Basile era “federação do Equador” que fazia alusão tanto ao modo republicano defendido por Montesquieu, como também ao movimento ocorrido em Pernambuco em 1824. Já Silvia Fonseca (2006, p. 338) destaca uma artimanha interessante: os jornais com tendências republicanas costumavam copiar trechos de outros periódicos que também defendiam a república, dessa forma, além de se livrarem de possíveis acusações, espalhavam o pensamento republicano por todas as províncias , Um exemplo disso é no jornal O Republico, em que Borges, para atacar as instituições monárquicas, reproduz vários artigos do panfleto conhecido como Libelo do Povo, que, curiosamente, seu redator, Francisco de Sales, tinha inspirações na Insurreição Praieira, movimento que o próprio Borges foi um dos principais protagonistas.
Título do Evento
V Encontro de Pós-Graduandos da SEO
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro de Pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALVES, Edson José de Meneses. IDEIAS POLÍTICAS NO IMPÉRIO: BORGES DA FONSECA E A DEFESA DO SISTEMA REPUBLICANO NA IMPRENSA (1843-1855).. In: Anais do V encontro de pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). Anais...São Luís(MA) UFMA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/733946-IDEIAS-POLITICAS-NO-IMPERIO--BORGES-DA-FONSECA-E-A-DEFESA-DO-SISTEMA-REPUBLICANO-NA-IMPRENSA-(1843-1855). Acesso em: 30/04/2025

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