DINHEIRO EMOCIONAL: EDUCAÇÃO FINANCEIRA SOB A PERSPECTIVA DA ECONOMIA COMPORTAMENTAL

Publicado em 24/08/2023 - ISBN: 978-85-5722-919-8

Título do Trabalho
DINHEIRO EMOCIONAL: EDUCAÇÃO FINANCEIRA SOB A PERSPECTIVA DA ECONOMIA COMPORTAMENTAL
Autores
  • Maria Beatriz Vieira Vital
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Outras - interdisciplinar
Data de Publicação
24/08/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/v-semana-do-cerebro-do-museu-da-ufpa-319262/646502-dinheiro-emocional--educacao-financeira-sob-a-perspectiva-da-economia-comportamental
ISBN
978-85-5722-919-8
Palavras-Chave
Educação financeira; superendividamento; economia comportamental
Resumo
O ato de consumir pode representar mais que o suprimento das necessidades básicas; com efeito, está intimamente ligado a projetos de vida. Comprar a casa própria, fazer cursos para fins de qualificação profissional ou viajar para outro país para conhecer novas culturas são apenas alguns exemplos daquilo que muitos buscam no simples ato de contratar um serviço ou comprar um produto — o que, por si só, não representa um problema ao consumidor. Entretanto, no que tange ao consumo, querer nem sempre significa poder, ou seja, o desejo de comprar não é garantia de que o indivíduo terá condições ou recursos suficientes para tal. O mercado está atento para oferecer e atender todos os desejos dos clientes e a despertar-lhes novos; no entanto, como se verifica na economia, as necessidades são infinitas e os recursos são limitados. Essa situação é ainda mais acentuada no que tange às compras pela Internet, em razão do imediatismo e da comodidade: é o caso de produtos que podem ser facilmente adquiridos online e até disponibilizados de imediato, como livros digitais e jogos, por exemplo. Assim, usufruir dos bens e produtos prontamente pode ser bastante sedutor. Há, ainda, a comprometedora superconfiança na realidade brasileira de concessão de crédito ao consumidor, na qual este gasta além das suas rendas, com a ilusão de que poderá arcar com seus compromissos. Escolhas pouco refletidas e com consequências danosas são conduzidas por uma falha na percepção de consumidores endividados, os quais julgam ter a situação sob controle e, por essa razão, tiram conclusões precipitadas, negligenciando o risco envolvido nessas operações. Dessa forma, as decisões do consumidor são de certa forma dirigidas por fatores que condicionam suas necessidades ou predileções. Nesse sentido, a partir dos estudos de Kahneman e Tversky (2012) em finanças comportamentais, é possível descrever o comportamento humano a partir da psicologia cognitiva e social. Dessa forma, o consumidor é constantemente conduzido por vieses equivocados tendentes a escolhas irrefletidas, o que reverbera nas práticas de assédio de consumo. Quando o equilíbrio no orçamento é quebrado e as dívidas superam a capacidade de pagamento, as consequências podem ser desastrosas. Nesse cenário, encontramos a educação financeira como ferramenta para a prevenção do endividamento. Contudo, entre os adultos, ela ainda é insuficiente; nesse sentido, a S&P Global Financial Literacy Survey, a mais abrangente pesquisa global sobre Educação Financeira, divulgada em 2016, apurou que dois em cada três adultos no mundo são analfabetos financeiros. Muito se tem discutido sobre a inserção desse conhecimento na educação básica. O assunto já compõe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com a finalidade de possibilitar aos alunos o desenvolvimento de atitudes conscientes e uma relação saudável com o dinheiro no dia a dia e a disseminação desse conhecimento às famílias. Além disso, a Educação Financeira já é considerada por alguns autores um direito fundamental social, reconhecida pela Comissão das Comunidades Europeias como uma iniciativa capaz de conscientizar o consumidor acerca dos conceitos financeiros, desenvolvendo as competências necessárias para um consumo equilibrado. Considerando a relevância do assunto, o Brasil instituiu a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) e o Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF) (Decreto Nº 10.393, de 9 de junho de 2020). É possível dizer, portanto, que a educação financeira já se tornou uma política pública no Brasil. A partir dessa premissa, o presente artigo visa responder à seguinte questão norteadora: de que forma a Economia Comportamental (EC), teoria abordada por Daniel Kahneman e Amos Tversky, pode auxiliar na mitigação da vulnerabilidade do consumidor? A metodologia de pesquisa adotada foi documental e bibliográfica, mediante a análise de documentos especializados, livros e trabalhos científicos. Concluímos que a EC pode contribuir não somente na metodologia de programas de educação financeira, mas também em políticas de regulação e proteção ao direito do consumidor.
Título do Evento
V Semana Internacional do Cérebro do Museu da UFPA
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Internacional do Cérebro do Museu da Universidade Federal do Pará
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VITAL, Maria Beatriz Vieira. DINHEIRO EMOCIONAL: EDUCAÇÃO FINANCEIRA SOB A PERSPECTIVA DA ECONOMIA COMPORTAMENTAL.. In: Anais da Semana Internacional do Cérebro do Museu da Universidade Federal do Pará. Anais...Belém(PA) MUFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/v-semana-do-cerebro-do-museu-da-ufpa-319262/646502-DINHEIRO-EMOCIONAL--EDUCACAO-FINANCEIRA-SOB-A-PERSPECTIVA-DA-ECONOMIA-COMPORTAMENTAL. Acesso em: 25/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes