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Em sua quinta edição, o Seminário Nacional de História e Contemporaneidades propôs a reflexão sobre a relação entre produção historiográfica e engajamento do/a historiador/a em nosso tempo presente. De modo geral, temos acompanhado o envolvimento desses/as profissionais em debates públicos acerca de acontecimentos do passado colocados em xeque por narrativas negacionistas. No Brasil, e em especial a partir da última década, “abusos da História” ganharam espaço na sociedade em narrativas que negam, por exemplo, o golpe de 1964. Também houve o crescente interesse por temáticas e sujeitos que passaram a ser associados, por seus críticos, a uma agenda da esquerda e, consequentemente, a uma postura de parcialidade (como é o caso de trabalhos relacionados aos movimentos feminista, negro e LGBTQIA+). Nesse cenário, em que novas configurações sociais, formas de subjetividade e de experiências históricas se impõem, o lugar institucional da disciplina História e seu ensino são questionados, levando os/as historiadores/as tanto a uma (auto)reflexão sobre sua disciplina quanto a se posicionar publicamente, abrindo frentes de combate, contra os “abusos da História”. Nesses termos, o evento objetiva problematizar os limites e possibilidades do engajamento político do/a historiador/a e de sua escrita da história levando em consideração: o papel social da História e de seu profissional em nossa sociedade; a formação de professores/as e a função do ensino histórico escolar; a ideia de verdade, objetividade e separação sujeito/objeto; os questionamentos em torno da autoridade do/a historiador/a e as questões éticas envolvidas em nosso trabalho. O Seminário objetiva, ainda, envolver profissionais de outras áreas do conhecimento que possam dialogar com as questões postas acima, graduandos/das de História, professores/as da rede básica de ensino e pessoas que, de forma geral, se interessem pela produção de sentidos (numa perspectiva histórica e responsável) sobre o passado e presente. Assim, as conferências, mesas redondas, os minicursos e simpósios temáticos reunirão pessoas de vários estados do país e de diferentes áreas de atuação como forma de promover um debate sobre epistemologia da História, engajamento político do/a historiador/a, função social da História e do historiador/a na cena pública.