HABRONEMOSE CUTÂNEA EM EQUINO

Publicado em 02/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-028-6

Título do Trabalho
HABRONEMOSE CUTÂNEA EM EQUINO
Autores
  • Jamylle Rodrigues de Moura
  • Ana Karoline Rodrigues da Costa
  • Jaine Mendes Lopes
  • Mirlam de Oliveira Sampaio Júnior
  • Danilo Rocha de Melo
  • Luan dos Santos Souza
  • Felipe Pinheiro Gonçalves da Silva
  • Deusdete Conceição Gomes Junior
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Relato de caso
Data de Publicação
02/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vetvale2020/240330-habronemose-cutanea-em-equino
ISBN
978-65-5941-028-6
Palavras-Chave
granulomatosa, moscas, nematoide, histopatologia, tratamento
Resumo
Introdução. A habronemose cutânea, ora denominada “ferida de verão” é uma enfermidade comum em equinos, causada pelo ciclo errático do parasita nematóide Habronema sp., um dos principais grupos de espécie de importância na medicina veterinária, os quais possuem como hospedeiros intermediários a mosca domestica (Musca domestica) e a mosca do estábulo (Stomoxys calcitrans). Caracteriza-se por lesões granulomatosas irregulares com exsudato sero-sanguinolento e prurido, principalmente em face, abdômen, membros e pênis. Objetivo. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de habronemose cutânea em um equino. Método. Um equino, macho, não castrado, sem raça definida, 10 anos de idade, pesando 300kg foi atendido com relato pelo tutor de que há um ano apresentava ferida na região do boleto do membro torácico direito e na região medial dos olhos e, ainda, que realizou tratamento tópico sem indicação médico-veterinária, porém, não houve melhora clínica. Ao exame clínico, o animal apresentava-se com pelos opacos, magro, com temperatura corporal de 38ºC, frequência cardíaca de 44 bpm e respiratória de 21 mpm, mucosas normocoradas e normohidratado. Foi identificada reatividade dos linfonodos submandibulares e soluções de continuidades em membro torácico direito (próximo à região do boleto) e nos cantos mediais de ambos os olhos. Diante dos achados, a suspeita clínica foi de habronemose cutânea, sendo realizada biopsia incisional das lesões para confirmação diagnóstica. Resultados e discussão. No exame histopatológico foi observada dermatite granulomatosa, com infiltrado de eosinófilos, porém o parasito não foi encontrado, uma vez que raramente é identificado. O diagnóstico por exclusão foi definido uma vez que os diferenciais para ptiose e neoplasias foram negativos. Instituiu-se tratamento oral a base de Abamectina (200µg/kg, VO, em dose única) e tópico através da higienização diária da ferida com água corrente e solução de PVP-I degermante seguida de escarificação com escova. Após lavagem com água corrente e secagem da lesão com gaze estéril, era aplicada formulação composta por Ganadol, carvão ativado e Triclorfon. O paciente foi mantido sob cuidados clínicos por 38 dias e a evolução clínica foi satisfatória. Foi dada alta condicionada sendo solicitada manutenção do tratamento até completa reparação tecidual, que ocorreu após 90 dias. Depois de 24 meses da cura clinica não houve recidiva. Salienta-se que o sucesso do tratamento se dá, principalmente, com a associação de medidas preventivas, como a limpeza de estábulos e piquetes; vermifugação periódica e uso de repelentes licenciados. Conclusão. A realização de exames complementares é eficaz quando associado aos sinais clínicos, possibilitando assim descartar patologias com apresentações semelhantes, diagnosticando a enfermidade e instituindo a terapia correta para a melhora sem recidiva. Enfatiza-se a importância do tratamento correto, bem como de medidas de prevenção, visto que a ocorrência da doença está relacionada com falta de manejo ambiental e vermifugação dos animais.
Título do Evento
I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco
Título dos Anais do Evento
Anais do I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MOURA, Jamylle Rodrigues de et al.. HABRONEMOSE CUTÂNEA EM EQUINO.. In: Anais do I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco. Anais...Petrolina(PE) UNIVASF, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vetvale2020/240330-HABRONEMOSE-CUTANEA-EM-EQUINO. Acesso em: 28/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes