A MORALIDADE INFANTIL SOB O OLHAR DE PIAGET: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ágatha Aila Amabili De Meneses Gomes; Alana Dias Viana dos Santos; LEYANNE SILVA LUZ; Marina Osório Silva; maria helena chaib gomes stegun

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Título do Trabalho

A MORALIDADE INFANTIL SOB O OLHAR DE PIAGET: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

Ágatha Aila Amabili De Meneses Gomes
Alana Dias Viana dos Santos
LEYANNE SILVA LUZ
Marina Osório Silva
maria helena chaib gomes stegun

Modalidade

Relato de Experiência

Área temática

Psicologia

Data de Publicação

16/05/2016

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/viimostradevry/33055-a-moralidade-infantil-sob-o-olhar-de-piaget--um-relato-de-experiencia

ISSN

2238-2208

Palavras-Chave

Moralidade infantil, Mentira, Punição, Piaget

Resumo

INTRODUÇÃO: A concepção sobre infância foi algo historicamente construído. Dentre os teóricos, Jean Piaget considerou que o desenvolvimento mental é um processo que começa logo após o nascimento e estende-se a fase adulta. Tal teórico dividiu em fases o desenvolvimento infantil, baseado na semelhança que verificou em cada faixa etária. Concebeu ainda que o raciocínio moral desenvolve-se como uma consequência do desenvolvimento cognitivo e afetivo, perpassando por estágios conforme o período evolutivo que a criança encontra-se. Assim, o desenvolvimento moral subdivide-se em fases, sendo a anomia (até 5 anos) caracterizada pela ausência da noção de regras; heteronomia (entre 9 e 10 anos), a criança compreende e cumpre a regra imposta, mas esta realização está intimamente relacionada a coação adulta e/ou obediência; e autonomia, refere-se ao sentimento interior de não dependência de orientação externa para o cumprimento de uma regra e compreensão que esta é um consenso coletivo necessário para convivência social. A partir disso, o presente trabalho visa apresentar as conclusões obtidas acerca do desenvolvimento moral infantil através de uma experiência baseada nos estudos piagetianos. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência com base em um trabalho acadêmico feito na disciplina Psicologia da Infância, realizado com sete crianças, de idade entre três e doze anos, de ambos os sexos. Obteve-se o consentimento dos respectivos responsáveis para aplicação do instrumento, que consistiu histórias com posterior questionamento baseado nas histórias aplicadas por Piaget, a fim de verificar a noção de mentira e punição nos diferentes estágios de desenvolvimento. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Ao que se referem aos participantes, todos eram de classe média, sendo quatro do sexo feminino e três do sexo masculino, com idade variando entre três e doze anos. Os participantes que se encontravam no estágio pré-operacional (de 3 anos de 4 anos) responderam que a personagem da história havia mentido e não deram uma definição lógica para mentira, afirmando que quem mente deve ser punida com castigo físico. Segundo Piaget, nessa fase, a criança concebe mentira relacionada com a punição, considerando a punição expiatória mais adequada, que corresponde às reações a transgressões com coerção dolorosa. Os participantes de idade de sete anos;nove anos; dez anos; e de onze anos, encontram-se no estágio operacional concreto, o qual, segundo Piaget, caracteriza-se pela presença do raciocínio moral. Os indivíduos que se encontram nessa fase consideram a intencionalidade do sujeito que mente e, progressivamente, começam a eleger a punição por reciprocidade mais adequada. Todos os participantes desse estágio afirmaram que a personagem da história enganou-se e que deveria ser punida com a retirada de algo que goste, bem como o ensinamento de que não se deve mentir. O participante de doze anos, encontra-se no estágio de operações formais, no qual há o desenvolvimento pleno do raciocínio moral e a punição por reciprocidade é predominante. O participante respondeu que Maria enganou-se, atribuiu um conceito lógico para mentira e concebeu que a punição mais apropriada é esclarecer que é errado agir desta maneira. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados corroboram com as fases do desenvolvimento moral divididas por Piaget, havendo uma semelhança nos aspectos cognitivos e afetivos característicos de cada fase. Verifica-se que há a necessidade de perceber a criança a partir da sua individualidade, considerando os aspectos do desenvolvimento na qual a mesma se encontra para uma compreensão holística do sujeito e adaptação das situações em que o mesmo está inserido.

Título do Evento: VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

GOMES, Ágatha Aila Amabili De Meneses et al.. A MORALIDADE INFANTIL SOB O OLHAR DE PIAGET: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/33055-A-MORALIDADE-INFANTIL-SOB-O-OLHAR-DE-PIAGET--UM-RELATO-DE-EXPERIENCIA. Acesso em: 25/04/2025