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Apresentação
Quando a democracia é atacada e as conquistas duramente alcançadas pelo povo estão sendo aniquiladas em passos largos, quando professoras(res) são brutalmente agredidas(os) ao reivindicar seus direitos, quando uniformes escolares são manchados de sangue, quando a juventude negra e periférica tem a morte bordada na nuca todos os dias, quando movimentos sociais, do campo e da cidade, são criminalizados, quando a autoridade máxima do país saúda um torturador e é amigo do suspeito de assassinar uma vereadora, quando um estudante é encontrado morto depois de denunciar abusos da guarda universitária, nos perguntamos: Qual o lugar do ensino de História? Sobre esse questionamento nos debruçamos no decorrer dos 5 dias que compuseram a V Semana de História da UFPB; nos esforçando para refletir coletivamente sobre os desafios presentes e construir estratégias para enfrentá-los, pois como coloca o patrono da educação brasileira, Paulo freire, “reflexão quando de fato reflexão conduz a prática.”
Apesar de tudo que contribui para esses tempos sombrios, o amanhã ainda há de ser um outro dia. A todas, todos e todes que quiserem construir e transformar o mundo conosco, estendemos a mão, abraços e afetos companheiros. As/aos que tentam nos parar, saibam que nós, estudantes e docentes em formação, não permitiremos que nossas ambições e nossa luta por uma educação humana, crítica e transformadora sejam estilhaçadas por visões fechadas e retrógradas.
Dizem por aí que História é feita de passado, estamos aqui pra dizer que ela é feita de transformação. “Nosso conhecimento do passado é sempre tributário do mundo no qual vivemos”, afirma o historiador francês Chesneaux, portanto, o conhecimento histórico é sempre expressão de uma postura política. Pensar a nossa ciência também diz respeito a pensar qual o nosso papel na sociedade, sempre lembrando que a ideia de neutralidade é tão real quanto a eficiência da abstinência sexual como política pública na prevenção da gravidez precoce - e para que não haja dúvidas, afirmamos, ambas não existem.
A V Semana de História da UFPB, tendo como tema “Tempos sombrios: Qual o lugar do ensino de história?”, foi pensada para ser um espaço de socialização. Entendemos que fortalecer e expandir nossos afetos, em tempos de angústia, sobretudo, é extremamente necessário e importante. O Centro Acadêmico de História Quebra-Quilos, Gestão Elizabeth Teixeira, gostaria de agradecer a todas, todos e todes aqueles que, presencialmente ou a distância, fizeram esse evento acontecer: dos proponentes de atividades aos inscritos no evento, tudo que vocês realizaram contribuiu para que esse encontro fosse o mais fluido e construtivo possível. Agradecemos enfaticamente às alunas e alunos da graduação e pós-graduação, aos monitores e monitoras do evento e à sua comissão organizadora, pelo constante esforço e empenho em viabilizar a ocorrência de um encontro com diálogos tão abrangentes, plurais e críticos.
Assim, motivadas e motivados pela energia de solidariedade, felicidade e luta que estiveram presentes durante toda a V Semana de História da UFPB, lançamos esses Anais na esperança que os estudos realizados por tantas(os) historiadoras(es) e educadoras(es) auxiliem para a construção de uma educação melhor e mais humana. Nós, do Centro Acadêmico de História Quebra-Quilos, Gestão Elizabeth Teixeira, acreditamos e caminhamos na luta por autonomia, liberdade e por uma História contada por todas(os) nós. Pois então que esmaguem uma ou duas flores: os doces frutos da primavera vêm aí!
Centro Acadêmico de História Quebra Quilos
Gestão Elizabeth Teixeira
João Pessoa, inverno de 2020
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Responsável
E-mail: ca.elizabethteixeira@gmail.com
Instagram: cahisquebraquilos
Centro acadêmico de História Quebra Quilos, Campus I - Lot. Cidade Universitária, João Pessoa - PB, 58051-900
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