USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES GESTANTES NA ODONTOLOGIA: REVISÃO DE LITERATURA

Publicado em 06/02/2023 - ISBN: 978-85-5722-592-3

Título do Trabalho
USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES GESTANTES NA ODONTOLOGIA: REVISÃO DE LITERATURA
Autores
  • Jennifer Martins Ferreira de Lima
  • Jones Costa Loiola
  • RODRIGO VIANA CORREIA
  • Anna Laryssa Pereira Torres
  • Valmirlan Fechine Jamacaru
  • Manoela Moraes de Figueiredo
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Clínica e Saúde Bucal
Data de Publicação
06/02/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/x-universo-ateneu-285336/587975-uso-de-anestesicos-locais-em-pacientes-gestantes-na-odontologia--revisao-de-literatura
ISBN
978-85-5722-592-3
Palavras-Chave
Gestantes, Anestésicos Locais, Odontologia
Resumo
INTRODUÇÃO As alterações fisiológicas que acontecem na gravidez trazem consigo algumas potenciais doenças bucais, como a inflamação gengival e outras. Ao mesmo tempo, a gestante também pode se submeter a procedimentos eletivos nesse período. Ao cirurgião-dentista, cabe avaliar criteriosamente o risco de cada tratamento e seus fármacos utilizados e conforme necessidade, prescrever à paciente posteriormente. (RODRIGUES, F et al. 2017). Os anestésicos locais são fármacos utilizados na odontologia, em muitos procedimentos, para bloquear a sensação de dor para o paciente e também diminui a hemostasia local, diminuindo potencial de sangramento local. Em gestantes, esses fármacos também são utilizados, mas é importante desenvolver um protocolo de segurança anestésico. (RODRIGUES, F et al. 2017). OBJETIVOS Analisar os estudos referentes às utilizações de anestésicos locais na odontologia, buscando estratificar protocolos de atendimento, e avaliar as indicações e os riscos nas pacientes gestantes. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia empregada na pesquisa foi a revisão de literatura. Foram utilizados os descritores: Gestantes, Anestésicos e Odontologia com o operador booleano “AND”. A coleta de dados foi feita através de busca eletrônica nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PUBMED. Foram incluídas Publicações em Inglês, Português e Espanhol, publicados entre 2002 e 2022. Ao final das buscas, avaliaram-se 14 artigos, sendo 5 utilizados. RESULTADOS A gestação por si só não contraindica o tratamento odontológico e o uso de anestésicos locais. Durante esse período ocorre um aumento de múltiplas doenças orais, que necessitam de cuidados. O Ministério da Saúde (MS) recomenda ao iniciar o pré-natal, também começar o atendimento odontológico, evitando que essas patologias originem problemas futuros. (RODRIGUES, F et al. 2017) Em relação ao tratamento odontológico é mais recomendado no segundo trimestre, pois evita a fase de desenvolvimento embrionário devido ao desconforto materno e a próxima fase correspondente ao término da gravidez. No terceiro trimestre, devido à posição do feto, há o risco de síncope e hipertensão, além disso, maiores demandas cardiovasculares. (RODRIGUES, F et al. 2017). O segundo trimestre da gestação é a fase mais segura para o tratamento odontológico. Entretanto, os casos que requerem tratamento urgente necessitam de cuidados, independentemente do período gestacional. (NASCIMENTO, Érica Pereira et al. 2012). Com o propósito a fim de estabelecer os riscos associados ao uso de drogas durante a gravidez, a FDA (Food and Drug Administration) classifica os medicamentos em cinco categorias de riscos, levando-se em conta os seus efeitos na gestação que são dispostos da seguinte maneira: CATEGORIA A: Estudos controlados em humanos não indicam riscos aparentes para o feto. CATEGORIA B: Estudos em animais controlados não indicam riscos para o feto, mas ainda sem estudos confiáveis em mulheres grávidas. CATEGORIA C: Estudos em animais mostraram efeitos adversos para o feto, mas não existem estudos em humanos. CATEGORIA D: Evidências positivas de risco fetal humano, mas cujos benefícios podem justificar o uso. CATEGORIA X: Evidências positivas de anormalidades fetais, com contraindicações tanto em mulheres grávidas quanto nas que querem engravidar, pois os riscos superam os benefícios. (RODRIGUES, F et al. 2017). Com base classificação, os fármacos das categorias A e B podem ser receitados à gestante, aqueles das categorias C e D devem ser prescritos apenas em situações necessários. As drogas classificados na categoria X, no que lhe concerne, não devem ser utilizadas em nenhuma possibilidade. (VASCONCELOS, et al. 2012). Segundo a literatura, a lidocaína 2% + epinefrina 1:100.000 é solução anestésica mais indicada para as gestantes, a sua escolha se dá por dois fatores, uma é sua metabolização e a outra é sua baixa concentração, não ocasionando riscos para o feto, orienta-se também que não ultrapasse a dose máxima de dois tubetes (3,6 ml) por consulta. (DOS ANJOS SANTOS, et al. 2022). CONCLUSÃO Conclui-se, que a gravidez não contra-indica o tratamento odontológico, no que lhe concerne, é orientado pelo Ministério da Saúde (MS). Sendo assim, a mesma deverá ser assistida pelo cirurgião-dentista, que conduzirá o seu tratamento. Após esse estudo, constatou-se que o anestésico local mais indicado pela literatura quanto ao seu uso em gestantes com menores riscos de complicações sistêmicas é a lidocaína 2%, tendo como vasoconstritor adrenalina (epinefrina) com concentração de 1:100.000. Caso haja a necessidade da aplicação de um anestésico tópico, deve-se dar preferência para o uso da lidocaína tópica 2%. REFERÊNCIAS DOS ANJOS SANTOS, Evelin Silva et al. Evidências Atuais Sobre a Utilização de Anestésicos Locais em Pacientes Gestantes: Revisão de Literatura. Revista Ciências e Odontologia, v. 6, n. 2, p. 70-73, 2022. NASCIMENTO, Érica Pereira et al. Gestantes frente ao tratamento odontológico. Revista brasileira de odontologia, v. 69, n. 1, p. 125, 2012. PAIVA, L. C. A. & CAVALCANTI , A.L. Anestésicos locais em odontologia: uma revisão de literatura. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Curso de Odontologia, Campina Grande, PB:2005. RODRIGUES, F.; MÁRMORA, B.; JANNONE CARRION, S.; CORRÊA REGO, A. E.; SOUZA POSPICH, F. Anestesia local em gestantes na odontologia contemporânea / Local anesthesia in pregnant women in contemporary dentistry / La anestesia local en mujeres embarazadas en la odontología contemporánea. Journal Health NPEPS, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 254–271, 2017.Disponível em: https://periodicos2.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/1835. Acesso em: 24 out. 2022. VASCONCELOS, Rodrigo Gadelha et al. Atendimento odontológico a pacientes gestantes: como proceder com segurança. Revista brasileira de odontologia, v. 69, n. 1, p. 120, 2012.
Título do Evento
X Universo Ateneu
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Universo Ateneu
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Jennifer Martins Ferreira de et al.. USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES GESTANTES NA ODONTOLOGIA: REVISÃO DE LITERATURA.. In: Anais do Universo Ateneu. Anais...Fortaleza(CE) UNIATENEU, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/x-universo-ateneu-285336/587975-USO-DE-ANESTESICOS-LOCAIS-EM-PACIENTES-GESTANTES-NA-ODONTOLOGIA--REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 28/04/2025

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