A MORTE TEM MÃOS: NARRATIVAS SOBRE O GRUPO DE EXTERMÍNIO MÃO BRANCA NO DIÁRIO DE NATAL (1980-1986)

Publicado em 15/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0679-8

Título do Trabalho
A MORTE TEM MÃOS: NARRATIVAS SOBRE O GRUPO DE EXTERMÍNIO MÃO BRANCA NO DIÁRIO DE NATAL (1980-1986)
Autores
  • Eletice Costa de Meneses Neta
Modalidade
Resumo
Área temática
ST15 - Anistia, justiça e violações de direitos humanos: reflexões sobre o passado autoritário e o processo de justiça de transição no Brasil e na América Latina
Data de Publicação
15/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xxi-encontro-estadual-de-historia-america-latina-e-brasil-entre-ondas-progressistas-e-reacoes-conservadoras-anpuh-paraiba-453769/873134-a-morte-tem-maos--narrativas-sobre-o-grupo-de-exterminio-mao-branca-no-diario-de-natal-(1980-1986)
ISBN
978-65-272-0679-8
Palavras-Chave
Narrativas de crime, Grupo de extermínio, Mão Branca, Diário de Natal.
Resumo
A pesquisa proposta analisa as narrativas sobre o grupo de extermínio Mão Branca, produzidas pelo jornal Diário de Natal, no período de 1980 a 1986. Nesse sentido, o objetivo principal é compreender como o jornal, desenvolvido como produto social e comercial, constrói, por meio da escrita das notícias e da produção de ilustrações, concepções sobre violência, crime e criminosos. A década de 1980 é marcada pelo cenário de transição democrática e efervescência política em todo o país, com intensa mobilização social e debates sobre direitos humanos. Entretanto, nesse mesmo contexto, é observada a emergência de grupos de extermínio em vários Estados, que se colocavam como responsáveis por eliminar os indivíduos indesejáveis e promover a segurança do povo. Na capital potiguar, o Mão Branca surge nas notícias em um contexto de intensa violência urbana. Logo, como forma de “resolver o problema”, esse grupo de indivíduos, pertencentes à instituição policial e agindo de modo ilegal, se colocava como responsável por promover a segurança e a ordem pública mediante a eliminação de criminosos. Através da análise das notícias, é possível observar que a percepção sobre crime e criminosos apresentada pelo jornal é variável conforme o contexto sociocultural, uma vez que as ações cometidas pelos “marginais” da cidade são condenáveis, mas as ações praticadas pelo grupo de extermínio são vistas como “justiça”. Sendo assim, este trabalho, além de evidenciar a dualidade nos discursos sobre direitos humanos no contexto de transição democrática, revela como a imprensa não apenas reporta eventos, mas também contribui para a construção de uma realidade social específica, onde a atuação de grupos de extermínio é, por vezes, legitimada ou justificada.
Título do Evento
XXI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA AMÉRICA LATINA E BRASIL: ENTRE ONDAS PROGRESSISTAS E REAÇÕES CONSERVADORAS ANPUH – PARAÍBA
Cidade do Evento
Campina Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do XXI Encontro Estadual de História América Latina e Brasil: Entre Ondas Progressistas e Reações Conservadoras
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NETA, Eletice Costa de Meneses. A MORTE TEM MÃOS: NARRATIVAS SOBRE O GRUPO DE EXTERMÍNIO MÃO BRANCA NO DIÁRIO DE NATAL (1980-1986).. In: Anais do XXI Encontro Estadual de História América Latina e Brasil: Entre Ondas Progressistas e Reações Conservadoras. Anais...Campina Grande(PB) UEPB, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xxi-encontro-estadual-de-historia-america-latina-e-brasil-entre-ondas-progressistas-e-reacoes-conservadoras-anpuh-paraiba-453769/873134-A-MORTE-TEM-MAOS--NARRATIVAS-SOBRE-O-GRUPO-DE-EXTERMINIO-MAO-BRANCA-NO-DIARIO-DE-NATAL-(1980-1986). Acesso em: 27/04/2025

Trabalho

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