Os mitos nórdicos constituem um dos grandes patrimônios culturais do Ocidente. Eles interpenetram diversas estruturas fundamentais de muitas sociedades europeias desde o final do mundo antigo, fazendo parte da oralidade, crenças e rituais, crônicas, literaturas, formas artísticas e monumentos políticos. Com o advento do medievo, os escandinavos complexificaram e ampliaram ainda mais a área de difusão das narrativas de diversas divindades germânicas, criando o maior corpus de fontes visuais e escritas sobre a temática. Após o Renascimento, as narrativas tiveram uma difusão ainda maior, seja nas artes plásticas, no teatro, ópera ou literatura. O romantismo oitocentista ressignificou os mitos dentro de referenciais nacionalistas, criando diversas formas de legitimação do tempo presente pelo passado mítico idealizado. Como advento do século XX, o cinema, quadrinho, música, internet e jogos eletrônicos levaram as diferentes formas de ressignificações das divindades, localidades, monstros e imaginário mítico a um nível sem precedente. Em nossos tempos, os mitos nórdicos podem ser encontrados em diferentes facetas artísticas, em novas ideologias políticas, em expressões socioculturais diversas que demonstram a vitalidade e, acima de tudo, a importância atual de símbolos e histórias criadas nos tempos remotos do Ocidente.