O Grupo de Estudos Críticos para as Relações Etnicorraciais (GECRE/CNPq) & Academia Mineira de Letras convidam para o I Colóquio Encruzilhadas Culturais: estéticas e subjetividades e para vivenciar uma caminhada pelas encruzilhadas entre cultura, estética e identidade, com um olhar atento às perspectivas do Sul Global.
Este evento propõe diálogos que desafiam os padrões estéticos hegemônicos e celebram a diversidade das expressões culturais dos povos historicamente marginalizados. Vamos explorar como as subjetividades são moldadas pela colonialidade do poder e do saber, refletindo sobre como os ideais estéticos dominantes influenciam nossa visão de beleza, cultura e sociedade. Ao abordar essas questões, convocamos todos a participar ativamente deste movimento de resistência decolonial, valorizando as vozes e expressões artísticas que rompem com as imposições eurocêntricas.
Sob o mote do questionamento: "Pode o subalterno criar estéticas?" as falas farão uma releitura crítica do clássico questionamento de Gayatri Spivak em "Pode o Subalterno Falar?" ao explorar as possibilidades e os limites da criação estética por sujeitos historicamente subalternizados, como negros e indígenas.
O I Colóquio Encruzilhadas Culturais: Estéticas e Subjetividades acontece no âmbito dos projetos “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura - e “Academia Mineira de Letras - Manutenção e Funcionamento 2024- (CA 2018.13609.0261)”, incluído na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Esses projetos têm os patrocínios da CEMIG – através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura - e do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores.
Mesa 1 - 19h00 às 20h15
Na primeira plenária, o foco será a perspectiva masculina sobre as encruzilhadas entre arte, corpo e masculinidade dentro da criação estética afro-brasileira, especialmente quando atravessada pela estética religiosa. Pai Ricardo, mestre professor da Formação Transversal em Saberes Tradicionais na UFMG; Camilo Gan, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Formação Brasileira e Internacional de Capelania e pela Ordem dos Capelões do Brasil; Marcone Santos, Mestre em Biologia Celular (ICB/UFMG) & Mestre em Educação das Relações Étnico-raciais (FaE/UFMG); Alan Rodrigues Coordenador Centro Cultural Galpão Cine Horto – BH/MG. Membro titular do Comitê de Salvaguarda do Teatro, ator, iluminador, pesquisador, cerimonialista e palestrante; e, Prof. Dr. Seu João Xavier, escritor e pesquisador, Mestre em Linguística Aplicada pela UFMG e Doutor em Estudos de Linguagens pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) irão discutir como essas expressões são utilizadas como formas de resistência cultural e afirmação identitária.
Com base no questionamento "Pode o subalterno criar estéticas?", a plenária abordará como os homens negro-brasileiro utilizam suas criações artísticas para desafiar a colonialidade, dialogando com conceitos como a "violência epistêmica" de Gayatri Spivak. Será explorado como essas estéticas religiosas, por meio de rituais, arte sacra, vestuário e outras expressões culturais, rompem com a invisibilização histórica, ao mesmo tempo em que reafirmam subjetividades masculinas e espirituais que resistem às imposições da estética eurocêntrica. A mediação será feita por Gabriel Souza, Conselheiro Municipal de Cultura na cidade de Belo Horizonte.
Mesa 2 - 20h45 às 22h00
A segunda plenária traz o olhar feminino para as discussões estéticas, com um foco especial nos atravessamentos entre autoestima, corpo e criação estética nas diversas expressões culturais. A Profª. Marinês Oliveira, Filósofa e Advogada (Mestra em Educação Universidade de Campinas e Doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do ABC; Maryh Benedita, bacharela em Fashion Design pela Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia e Aline Profeta, CEO do Estúdio Aline Profeta Afro e idealizadora do Troféu Trancista Referência 2023 em Belo Horizonte, irão compartilhar como a estética é uma ferramenta poderosa de resistência, especialmente para as mulheres negras e indígenas.
Essa plenária examinará como as mulheres, ao criar estéticas que valorizam suas culturas e corpos, enfrentam as normas eurocêntricas que tentam controlar suas identidades e autoestima. O conceito de "violência epistêmica" será revisitado sob a ótica de gênero, e será discutido como essas mulheres ressignificam a arte, a moda, e as produções culturais como formas de luta contra a opressão, celebrando suas subjetividades e reconfigurando o espaço da arte como um local de emancipação e expressão autêntica. A mediação será feita por Dra. Raquel Fernandes, advogada, pós graduada em Ciências Penais econômicas pela Faculdade de Direito Milton Campos, Co-fundadora da Confraria de Juristas Negras/CJNEGRAS, Julgadora Relatora da 10a Turma do Tribunal de Ética e disciplina da OAB/MG, diretora da Comissão de Direito para Startups da OAB/MG, diretora do núcleo de advogadas mães da Comissão Estadual das Mulheres Advogadas da OAB/MG, membra da Comissão da Promoção da Igualdade Racial da OAB/MG, membra da Comissão de Direito Penal da OAB/MG, membra da Comissão de Direito de Família da OAB/MG. Entusiasta e especialista no posicionamento da advocacia com recorte de gênero e empoderamemento feminino racializado.
Data: 22 de novembro de 2024
Local: Academia Mineira de Letras – Rua da
Bahia, 1466 – Auditório Vivaldi Moreira
Horário: 19h00
Para mais informações, acesse nosso site: www.seujoaoxavier.com.br ou www.academiamineiradeletras.org.br e acompanhe as novidades. Também pelos perfis no Instagram: @seujoaoxavier & @amletras
Estamos ansiosos para contar com sua presença! Muito obrigado por fazer parte deste movimento de resistência cultural. Este evento é porque somos - ubuntu!
Cordialmente,
Prof. Dr. Seu João Xavier Academia Mineira de Letras