Grupos de Trabalho para apresentação de comunicações
Pesquisadores e pesquisadoras
poderão inscrever seus trabalhos em um dos GTs descritos abaixo. Cada artigo ou
resumo pode ter no máximo 3 autores.
A cultura junina em Rondônia:
desafios e resistências
Coordenadores do GT: Marco Antônio
Domingues Teixeira (UNIR) e João
Maciel de Araújo (IFAM)
Modalidade: online
Resumo do GT: Como em todo o
território nacional, com o crescimento do evangelismo protestante e sua invasão
à política, diversas manifestações culturais populares têm sofrido tentativas
de apagamento e no estado de Rondônia não tem sido diferente, o maior arraial
da região norte, o Flor do Maracujá corre o risco de extinção e os diversos
grupos de bois bumbás e quadrilhas juninas, que lutam pela manutenção da
cultura popular, têm recebido cada vez menos apoio do poder público. A proposta
do GT é contribuir com a ampliação do debate a respeito da resistência cultural
popular desses grupos, seus desafios para sobrevivência na contemporaneidade amazônica
ocidental, principalmente no estado de Rondônia.
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História e História Indígena: velhos
e novos problemas epistemológicos
Coordenadores do GT: Thiago
Leandro Vieira Cavalcante (UFGD) e Rogério Sávio Link (UNIR)
Modalidade: híbrida
Resumo do GT: A presente proposta
do Grupo de Trabalho tem como objetivo principal reunir pesquisadores e
pesquisadoras que desenvolvem trabalhos no campo da história indígena e do
indigenismo para viabilizar um espaço de compartilhamento e trocas de
experiência. As propostas de comunicações podem ter diferentes abordagens
teóricas e metodológicas, nos diferentes campos do conhecimento. Dessa forma, este
Grupo de Trabalho configura-se como um espaço eclético que visa lançar luz
sobre velhos e novos problemas envolvendo a história indígena, principalmente
no entrecruzamento entre a História, a Antropologia, a Arqueologia e a
Educação.
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História(s) Indígena(s) na Amazônia:
metodologias, conhecimentos e perspectivas de pesquisas colaborativas
Coordenadores do GT: Roseline
Mezacasa (UNIR), Marcia Mura (USP) e Carolina Coelho
Aragon (UFPB)
Modalidade: híbrida
Resumo do GT: O objetivo do
GT é construir um espaço de diálogo que fortaleça pesquisas na área da História
Indígena em Rondônia, bem como em toda a Amazônia. Para tanto, abriremos espaço
para pesquisas em andamento e/ou concluídas que tenham, no seu escopo
analítico, as trajetórias indígenas, narrativas cosmológicas e de contato com
não-indígenas, perspectivas de tempo e de história a partir dos olhares dos
diferentes povos indígenas que vivem na Amazônia, fortalecendo suas
epistemologias e contribuições para a produção historiográfica. Também
almejamos um espaço de aprendizado e de compartilhamento de metodologias
colaborativas para a construção de pesquisas junto aos povos indígenas, levando
em consideração seus anseios e demandas. Abordaremos aspectos da história oral,
da escuta profunda, bem como de metodologias de outras áreas do conhecimento,
entre elas: arqueologia, linguística, antropologia, geografia, entre outras,
para experiências transdisciplinares de pesquisa na área da História Indígena
na Amazônia. Assim, todas as pesquisas que dialoguem com as abordagens do GT
são bem-vindas para a construção de um espaço de aprendizado coletivo.
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História, Mídia e Amazônia
Coordenadores do GT: Juliana
de Oliveira Vicentini (USP) e Carolina de Albuquerque (UNIR)
Modalidade: online
Resumo do GT: Este GT convida
pesquisadores a compartilharem seus estudos interdisciplinares que dialoguem
com o tema história-mídia-Amazônia. A ideia é trazer a história para a mídia e
a mídia para a história. Nesse contexto, as investigações estão concentradas em
três eixos temáticos: (1) história das mídias amazônicas, o qual envolve
reflexões sobre aspectos geográficos, históricos, econômicos, políticos,
jurídicos e ideológicos das mídias locais e digitais, sejam elas hegemônicas
(de grandes conglomerados) ou alternativas (contra-hegemônicas) da e sobre a
Amazônia; (2) história da Amazônia através da mídia, que contempla a
problematização da mídia (tradicional e digital) como um tipo de fonte
histórica e sua função social, a importância da pluralidade de fontes de
informação, as implicações da desinformação, análises críticas de
representações midiáticas sobre a Amazônia e seus reflexos para a compreensão
crítica da história e da realidade local; (3) o direito à informação no e do
contexto amazônico durante a história, seus entraves, oportunidades,
silenciamentos e marcos legislativos.
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Memória, história e autoritarismo
Coordenadores do GT: Rodrigo
Tavares Godois (UNIR) e Eduardo Gusmão de Quadros (PUC-
Goiás/UEG-Cora Coralina)
Modalidade: online
Resumo do GT: O Brasil vive
momento singular em sua história pós-redemocratização que afeta diretamente
suas linhas de sentido histórico. Como o caráter ético da história não dispensa
sua dimensão estética, propomos este Grupo de Trabalho sobre os contornos do
conceito de autoritarismo. Colocamo-nos enquanto cidadãos a interrogação: como
podemos elaborar a crítica historiográfica e das memórias de um regime de
historicidade autoritário onde suas faces organizam-se no (re)sentir?
Remontando aos debates que tencionam a relação história/memória, buscamos
interrogar as compreensões conceituais e cognitivas vigentes. Onde buscar
referências para sua crítica? Como
justificar os intercâmbios, muitas vezes inconscientes? Como captar seus efeitos
sociais? Sendo assim, nosso referencial aproxima e tenciona a ética com a
estética, expressas de maneira genérica, que figuram por nossa historicidade
multi/inter/transcultural. As particularidades estão descritas nas vozes
plurais, étnicas, raciais, de gêneros. Elas estão sinalizadas por engajamentos,
por militâncias, por movimentos registrados em arquivos de diversos formatos,
borrando os limites do que é subjetivo e objetividade metódica. Diante desse
cenário – nacional, regional, amazônico – pretende-se reunir pesquisas que
consigam meditar nesse dualismo da história e da memória, onde o que se retém e
o que se envia tem impacto nas formas de experimentar o cotidiano autoritário
do tempo presente.
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Registros sobre a instrução pública
nos vales do Madeira e Guaporé entre 1901 a 1956
Coordenadores do GT: Paulo
Sérgio Dutra (UNIR) e Cleicineia Souza de Oliveira (UFMT)
Modalidade: online
Resumo do GT: O presente
grupo de trabalho constitui-se como um espaço de discussão sobre as
experiências com a instrução pública nos Vales do Madeira e Guaporé no período
que se inicia em 1901 e segue até 1956. Nesse sentido, assinala-se que o
recorte temporário escolhido para a recepção de trabalhos pode ser
caracterizado como período em que o espaço geográfico em destaque integrava aos
Estados do Amazonas e Mato Grosso, passando pela criação do Território Federal
do Guaporé ocorrido em 1943, os nuances entorno da organização da vida
política, educacional no referido Território seguindo até 1956, ano em que
ocorreu a mudança de nome do Território Federal do Guaporé para Território
Federal de Rondônia. Ainda sobre o período mencionado, vale lembrar que
interessam os nuances que correspondem as questões políticas, a legislação
relacionada a instrução pública, a criação de escolas, os sujeitos como
professores/ras gestores/as, a comunidade escolar e outros temas endereçados a
educação para aquele momento e que serão acolhidos neste GT. O referido GT
ainda possibilita compartilhar fontes que estão presentes em arquivos como
Centro De Documentação Histórica de Rondônia, o APMT – Arquivo Público de Mato
Grosso, e INEP.
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Violência e populações periféricas
urbanas e rurais na Amazônia Ocidental
Coordenadores do GT: João
Maciel de Araújo (IFAM) e Marco Antônio Domingues
Teixeira (UNIR)
Modalidade: online
Resumo do GT: A proposta do
GT é discutir a violência, lutas e resistências vivenciadas pelas diversas
populações periféricas urbanas e rurais, incluindo populações tradicionais, na
Amazônia Ocidental. levantando um debate amplo sobre a necessidade de políticas
públicas de assistência à essas populações/comunidades no contexto amazônico contemporâneo,
principalmente no que tange as migrações recentes, o avanço da fronteira agrícola
e as consequências perversas do desenvolvimento econômico atual.