III Jornada de Patrimônio Cultura e Sociedade
Patrimônio Cultural e Sustentabilidade: memória, direito à cultura e mudanças climáticas
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A Jornada de Patrimônio, Cultura e Sociedade - PPGPaCS é organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade, por meio de seu corpo docente e discente, com o intuito de proporcionar um amplo debate em torno da defesa do patrimônio (material e imaterial), da cultura (tangível e intangível) e dos lugares de memória na sociedade atual. Busca promover uma discussão sobre patrimônio cultural de caráter interdisciplinar, em diálogo tanto com a comunidade acadêmica, quanto com a sociedade geral, à luz dos aportes teóricos do Patrimônio Cultural, da Memória e áreas afins, considerando suas múltiplas expressões: sociopolíticas, culturais, identitárias e de salvaguarda.
O evento congrega estudantes, pesquisadores e profissionais de instituições de patrimônio e memória; professores do ensino básico, médio e superior de todo o país; e agentes da sociedade civil que atuam com patrimônio, para intercâmbio acadêmico, troca e relato de experiências, apresentação e debate das investigações em curso, bem como envolver os participantes em discussões de natureza ética, política e cidadã que circunscrevem o atual debate sobre o patrimônio cultural.
A I Jornada de Patrimônio, Cultura e Sociedade - PPGPaCS ocorreu nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2019, e teve como tema “Patrimônio em Tempos de Crise: Diálogos Interdisciplinares”
A II Jornada de Patrimônio, Cultura e Sociedade PPGPACS ocorreu nos dias 12, 13, 14 e 15 de setembro de 2023, em parceria com o I Seminário Cultura Brasileira Material e Imaterial. O teve central foi “Um Diálogo entre as Culturas dos Povos Originários, Afro-Diaspórica e Nordestina”
A III Jornada de Patrimônio, Cultura e Sociedade PPGPACS ocorrrá nos dias 03, 04 e 05 de setembro de 2024 e traz como tema Patrimônio Cultural e sustentabilidade: memória, direito à cultura e mudanças climáticas.
Este tema busca explorar as interconexões entre o patrimônio cultural e a sustentabilidade, reconhecendo o papel que o patrimônio desempenha na construção de identidades, na promoção da diversidade cultural e no desenvolvimento sustentável dos lugares e suas comunidades. Por meio de uma abordagem interdisciplinar e participativa, examinaremos como políticas de conservação, documentação do patrimônio e a participação da sociedade podem ser integradas para garantir a salvaguarda eficaz do patrimônio cultural, tanto material quanto imaterial. Além disso, exploraremos os desafios que eventos contemporâneos como as mudanças climáticas e os conflitos e guerras trazem à preservação do patrimônio, bem como a relação entre patrimônio cultural, educação, democracia, questões de gênero e diversidade. Ao destacar a importância da gestão pública do patrimônio nos municípios e a necessidade de abordagens críticas e inovadoras para a preservação cultural, este tema visa promover uma reflexão ampla e inclusiva sobre o papel do patrimônio na construção de sociedades sustentáveis e culturalmente vibrantes mesmo diante dos desafios da contemporaneidade.
O evento conta com conferências, atividades culturais, lançamento de livros, Grupos de Trabalho com apresentaçãoes de pesquisas, dentre outros.
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03/09/2024 (terça-feira)
14:00 às 18:00 -Atividades internas Colegiado e Organização
17:00 às 17:30 - Credenciamento
17:30 às 18:00 - Abertura oficial - Auditório Principal
18:00 às 18:30 - Apresentação cultural - Auditório Principal - Quilombo ETU
18:30 às 20:30 - Mesa de Abertura Dra. Jeanne Cristina Menezes Crespo - Diretora do Centro Nacional de Arqueologia - IPHAN “ - Auditório Principal
Moderador: Prof. Dr. Marcos José de Araújo Caldas
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04/09/2024 (quarta-feira)
10:00 às 11:45 - GTs (1) - Auditório Pós-graduação
14:00 às 15:45 - GTs (2) - Sala 110 prédio da Pós-graduação
GTs (3) - Auditório Pós-graduação
15:45 às 16:00 - Intervalo
16:00 às 17:45 - GTs (3) - Auditório Pós-graduação
18:00 às 18:30 - Apresentação cultural - Quadrilha Dragão de Fogo
Rainha junina da diversão - Loren Louise
18:45 às 20:00 - Mesa : Lançamento de livros
20:00 - Sessão de autógrafos com música - DJ Java e DJ MV
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05/09/2024 (quinta-feira)
10:00 às 11:45 - GTs (4) - Auditório Pós-graduação
14:00 às 15:45 - GTs (5) - Auditório Pós-graduação
15:45 às 16:00 - Intervalo
16:00 às 17:45 - GTs (6) - Auditório Pós-graduação
18:00 às 20:30 - Mesa Encerramento: " Carta O Futuro do Patrimônio"
Dra. Mônica Bahia Schlee - Professora colaboradora do Mestrado Profissional em Projeto e Patrimônio da FAU/UFRJ - Auditório Principal
Moderador: Prof. Dr. Claudio Lima Carlos
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Áreas Temáticas e Grupos de Trabalho (GTs)
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GT 1 - 60 anos da Carta de Veneza:desafios contemporâneos a respeito da Conservação e Valorização do Patrimônio Cultural
Dr. Claudio Antonio Santos Lima Carlos (Docentes)/ Milena Perini Freitas - Turma: 2024 (Discente)
Entre os desafios contemporâneos a respeito da Conservação e Valorização do Patrimônio Cultural se encontram as estratégias que conciliam a preservação do patrimônio cultural com o desenvolvimento urbano sustentável e as modalidades de identificação de práticas de sucesso na integração do patrimônio cultural nas políticas urbanas. A influência do neoliberalismo, nas políticas de gestão das cidades, é apenas um dentre tantos desafios enfrentados pelos gestores de patrimônio cultural, na atualidade, que ao proporem novas perspectivas e abordagens para a conservação do patrimônio cultural, em face das mudanças sociais, econômicas e ambientais, vêem-se na difícil tarefa de conciliar a salvaguarda do Patrimônio Cultural Material, Imaterial e Natural com o desenvolvimento sustentável. Este grupo de trabalho visa não apenas a reflexão teórica, mas, também, a geração de soluções práticas e colaborativas para os desafios contemporâneos na conservação e valorização do patrimônio cultural, em consonância com os princípios estabelecidos pela Carta de Veneza em seus 60 anos. Assim, são bem-vindos trabalhos que reflitam sobre os aportes conceituais do campo do patrimônio; políticas de conservação, documentação do patrimônio, participação da sociedade na proteção do patrimônio cultural;
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GT 2 - Sustentabilidade e Patrimônio cultural:
Dra. Elis Regina Barbosa Angelo (Docentes)/ Vitor Alexandre Santos Rodrigues - Turma: 2024 (Discente)
Diante do cenário de mudanças climáticas extremas, de urbanização desordenada, conflitos e guerras contemporâneas e da globalização de cariz neoliberal, têm sido cada vez mais constantes as ameaças ao patrimônio e à diversidade cultural. Embora seja reconhecido que a salvaguarda das diferentes modalidades de Patrimônio desempenhe um papel significativo no desenvolvimento sustentável, sua contribuição tem sido frequentemente subestimada nas agendas de desenvolvimento sustentável. A Declaração Final da Conferência das Nações Unidades sobre o Desenvolvimento Sustentável (RIO + 20), de junho de 2012 reconhece, em seu artigo 30, “que a subsistência, o bem-estar econômico, social e físico e a preservação do patrimônio cultural de várias pessoas, em especial, dos pobres, dependem diretamente dos ecossistemas” e reafirma em seu artigo 197 “que os conhecimentos tradicionais, inovações e práticas dos povos indígenas e comunidades locais são uma importante contribuição para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, e sua mais ampla aplicação pode favorecer o bem-estar social e os modos sustentáveis de subsistência”. A proposta deste GT é, portanto, propor o debate sobre estratégias de como proteger, promover e utilizar o patrimônio cultural para alcançar o bem-estar social, econômico e ambiental, bem como estratégias para integrar a conservação do patrimônio cultural no debate sobre desenvolvimento sustentável.
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GT 3 - Memória e Patrimônio Cultural:
Dra. Raquel Alvitos Pereira (Docentes/ Tânia Maria de Araújo Caldas - Turma: 2024 (Discente)
Este Grupo de Trabalho se volta para reflexões que pensem sobre o patrimônio cultural e as referências culturais não patrimonializadas, especialmente a partir da interface deste com a(s) memória(s). Parte-se da perspectiva da memória como “fenômeno construído” como sugere Pollak (1992), com o intuito de lançar luz e colocar em evidência, mormente referências culturais que são portadoras de memórias pouco difundidas, invisibilizadas ou em vias de apagamento. Para tanto, sugere-se aos pesquisadores que queiram participar dessa discussão que busquem em seus estudos, tais memórias, que como sustenta o mesmo pesquisador, perpetuam-se, por meio de acontecimentos ou fenômenos, personagens e lugares. Estes três vetores e suportes da memória, no âmbito da prática social, têm viabilizado em muitas localidades a transmissão de referências culturais e o reconhecimento destas como patrimônio cultural. O processo de reinscrição dessas referências culturais, por meio do diálogo com a memória, é fundamental, pois “a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade” (Pollak, 1992, p.204). Não há direito à cultura, respeitado e implementado, do ponto de vista da política pública, se não houver o reconhecimento social destas referências culturais pela própria população local. É preciso, portanto, projetar essas referências culturais que se assentam na(s) memória(s). Esse dar e ver, e essa possibilidade de conhecer, podem abrir ricas possibilidades para a constituição de ações de sustentabilidade, inclusive, pela sociedade civil.
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GT 4 - Relações étnico-raciais e Patrimônio Cultural:
Dra. Camila Daniel (Docentes) / Ivonete da Silva Carmo de Oliveira - Turma: 2021 (Discente)
A proposta deste GT é discutir e avaliar as representações de Patrimônio Material e Imaterial pelo ângulo das relações étnico-raciais, com vistas à efetivação de direitos sociais e ao reconhecimento da necessidade de superação das representações sociais, discursos e práticas racistas em nossa sociedade. O GT refletirá ainda sobre os diferentes agentes que participam da formulação de políticas étnico-raciais no campo do patrimônio, entre eles o Estado, movimentos sociais e comunidades tradicionais. Desde 1990, quando as relações étnico-raciais passaram a fazer parte de jure e de fato das pautas efetivas da UNESCO, por meio de resoluções e ações tais como a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular de 1989, da instituição do programa de Proclamação das Obras primas do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade de 1997 e da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003), os quais, por sua vez, mostravam a profunda interdependência entre o Patrimônio Cultural Material e Patrimônio Cultura Imaterial e Natural, tivemos a produção de literaturas e debates acerca do patrimônio cultural sobre os temas raciais e suas representações e imaginários e, simultaneamente, adicionando o aporte teórico necessário para produzir variáveis de análise que dessem sentido teórico e prático às interpretações acerca dos bens culturais relacionados às questões étnico-raciais. Portanto, trata-se de um convite para partilharem temas e abordagens que analisam a dimensão étnico-racial do patrimônio para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
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GT 5 - Política cultural na Baixada Fluminense
Dr. Bruno Nogueira Ferreira Borja (Docentes)/ Me. Marcos Paulo Moraes Oliveira - Turma: 2020 - (Egresso PPGPaCS)
A proposta deste GT é convidar professores/as, pesquisadores/as, pós-graduandos/as e o público em geral para apresentar debates e estudos acerca da Política Cultural na Baixada Fluminense. O foco do GT são as políticas culturais desenvolvidas no território, a partir do poder público ou da sociedade civil organizada, especialmente no campo do Patrimônio Material, Imaterial e Natural da Baixada Fluminense. Nos últimos anos, um conjunto de leis federais – Lei Aldir Blanc, Lei Paulo Gustavo e Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura – garantiu recursos para a implementação de políticas culturais territorializadas nos municípios de todo o país. Nossa intenção é fazer acompanhamento e análise das políticas públicas de cultura desenvolvidas nos municípios da Baixada Fluminense, assim como apresentar experiências que lancem luz sobre as diferentes práticas patrimonializadoras e os sistemas de conhecimento no território. Procuraremos dar atualidade a formas expressivas de entendimento dos diferentes patrimônios (social, cultural, natural etc.) no interior da Baixada Fluminense, local de constantes conflitos e debates quanto à memória social e suas respectivas contramemórias, além da relação desta com processos de autodemarcação territorial e de afirmações de diferentes identidades partilhadas de modos diversos na cartografia social. Neste sentido, convidamos a todos e todas que queiram compartilhar conosco estas discussões acerca de temas tão sensíveis e importantes para construirmos políticas culturais contra-hegemônicas e práticas coletivas que envolvam os mais diversos segmentos sociais.
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GT 6 Comunidades e Patrimônio
Dr. Marcos José de Araujo Caldas e Dr. Ana Gabriela Saba Alvarenga (Docentes)/ Gisele Regina Ferreira - Turma: 2024 (Discente)
A proposta deste GT é reunir um conjunto de reflexões, transdisciplinares, em torno do diálogo entre os diferentes agentes e detentores culturais, tomando por base a noção de Comunidade não apenas como categorial definida territorialmente, mas sociopolítico-cultural e ambientalmente. Nosso objetivo é analisar os obstáculos e mecanismos, bem como as estratégias para o acesso pleno e usufruto das comunidades aos bens culturais, sejam eles locais, regionais, nacionais ou globais. A constante subalternização do papel e das demandas das comunidades locais no que diz respeito à valorização do Patrimônio Cultural Material, Imaterial e Natural tem tido um elevado custo na formulação de políticas de preservação do Patrimônio, isto porque subestimam a potencial contribuição dos saberes e práticas tradicionais dessas comunidades como detentores culturais prima facie no que diz respeito aos desafios contemporâneos relativos ao Patrimônio Cultural, afastando-se, portanto, do que foi estabelecido na CONVENÇÃO PARA A PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO MUNDIAL, CULTURAL E NATURAL, de 1972, que visava, em seu artigo 5, alínea (a), “adoptar uma política geral que vise determinar uma função ao património cultural e natural na vida colectiva (em inglês, “in the life of the community”) e integrar a protecção do referido património nos programas de planificação geral”. Neste sentido, convidamos acadêmicos (estudantes e docentes) e profissionais do Patrimônio e de Educação Patrimonial a partilharem conosco seus estudos sobre a contribuição das comunidades na salvaguarda do Patrimônio Cultural.
UFRRJ - Nova Iguaçu - Rio de Janeiro - Brasil
