Este é um evento online
O evento surge a partir de reflexões acerca das leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que discorre e traça diretrizes curriculares nacionais para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana no ensino básico, fundamental, médio, e como a precariedade da aplicação dessas leis conduz diversos tipos de consequências até o ensino superior, como por exemplo a dificuldade de se autoconhecer enquanto corpo preto dentro da universidade. Com base no ensino de história, as atividades foram organizadas de forma cronológica, começando pela situação do corpo preto no espaço, e perpassando pelas ideias introdutórias sobre filosofia africana, a construção da identidade afrobrasileira, arquitetura quilombola e terminando com o ensino de afrobrasilidades e o pensamento decolonial.
Questionar a forma como arquitetos e urbanistas têm pensado o desenvolvimento das cidades é um papel que se inicia na formação acadêmica. Assim sendo, fazer o resgate de narrativas que contemplem a construção de um repertório pautado nas discussões afro brasileiras e da cultura de povos originários instiga um pensamento que contrapõe o processo hegemônico do pensar arquitetura e urbanismo do século XXI.
Os objetivos desses encontros são estimular a compreensão da importância do corpo preto na história da arquitetura e urbanismo; incentivar trocas interdisciplinares, partindo de diferentes olhares sobre a relação corpo e cidade e a construção de marcos de memória, além de incitar o aumento de repertório arquitetônico e estimular a discussão decolonial da arquitetura e urbanismo afro brasileiro.
