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A Semana da Biologia do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade
(NUPEM/UFRJ) é um evento anual organizado pelo Centro Acadêmico de Biologia, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Macaé), com o auxílio de alunos
dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, do campus
Professor Aloísio Teixeira (UFRJ). Este evento tem como objetivo defender a
ciência e a educação pública, promover a integração entre diversas áreas de
conhecimento da biologia, bem como promover a integração de todo corpo social
do NUPEM com o público externo. Em 2021, a SemBio do NUPEM está na sua quarta
edição, sendo a terceira de maneira remota e terá como tema geral discutir
sobre "Conservação da biodiversidade sobre perspectivas multidisciplinares".
O Brasil é um país rico pela sua biodiversidade e recursos naturais. De
acordo com o Portal da Biodiversidade (ICMBio), atualmente nossa fauna é
composta por 118.602 espécies válidas (85% artrópodes, 10% cordados e 5%
invertebrados) e a flora e funga representada por 50.081 espécies (nativas,
cultivadas e naturalizadas). Sabemos que esses números não compreendem toda a
biodiversidade a ser conhecida, entretanto mostra um pequeno recorte da
biodiversidade em um país de tamanho continental. É inegável a importância da
biodiversidade e os recursos naturais para a manutenção da vida na terra. A
partir disso, surgem conceitos como preservação e conservação - que ao longo da
história foram apropriados por diversos setores da sociedade que por vezes
distorcem os conceitos pelos seus vieses.
O Conservacionismo é uma corrente pela qual se contempla a natureza junto
com o uso sustentável dos recursos naturais, assumindo uma visão de proteger a
natureza para algum objetivo. É sinônimo de equilíbrio com o ser humano. Aqui
podemos citar a necessidade de inclusão de todos os seres vivos, ações opostas
à poluição e degradação ambiental, autonomia e descentralização das decisões. A
integração é necessária, pois tudo tem o seu valor intrínseco. Já o
Preservacionismo entende a integridade do meio ambiente. Ou seja, uma proteção
integral e intocabilidade. Um exemplo prático são as Unidades de Conservação
Integral (Estação Ecológica e Reserva Biológica, entre outros), visando a
preservação da biodiversidade, ecossistemas e biomas.
Ao longo da história, esses conceitos foram sendo aplicados em termos como "eco-desenvolvimento" e posteriormente para "desenvolvimento sustentável" e "sustentabilidade", apresentada na Rio-92, por exemplo. Entretanto, existe um conflito conceitual entre desenvolvimento e sustentabilidade em uma sociedade capitalista, onde a crescente industrialização voltada para o consumo não pode ser expandida sem o esgotamento dos recursos naturais - o que torna o modelo insustentável. A apropriação dos meios de produção pelo setor privado consolida o domínio do meio ambiente e naturaliza a alienação do trabalho. Quando o trabalho é entendido como uma mercadoria, as relações que os indivíduos estabelecem com a natureza e os recursos naturais são de exploração ao meio ambiente e ao próprio ser humano. Se o capitalismo depende da exploração e alienação dos trabalhadores, sua superação é necessária através de uma ação consciente dos sujeitos, não só denunciando ao redor mas caminhando em uma nova direção. É através da educação ambiental crítica multidisciplinar e interdisciplinar que podemos discutir uma nova direção.
Discutir a biodiversidade através de um olhar multidisciplinar é entender
que fatores sociais, econômicos e ambientais influenciam diretamente no meio ambiente
e na humanidade. Seja em espaços formais e não-formais de ensino, discutir
diferentes visões em prol da conservação do meio ambiente é o que
verdadeiramente desenvolverá a consciência ambiental e a mudança na sociedade.