A conjuntura histórica atual é marcada por uma crescente diminuição das condições de habitabilidade na terra, causada principalmente por um uso exploratório de recursos naturais pela sociedade ocidental e que provocam impactos irreversíveis ao meio-ambiente e à sociedade como um todo, entre eles, a perda da biodiversidade, a poluição e a invasão dos territórios originários. A esses tempos atuais, pesquisadores têm chamado de Antropoceno, Capitaloceno ou Plantationoceno, a nova época geológica caracterizada por profundas mudanças ambientais que foram e são produtos da ação humana.
As paisagens que conhecemos hoje foram construídas ao longo de milhares de anos e sabe-se que os povos originários tiveram uma grande contribuição no manejo da biodiversidade. Então, ao mesmo tempo em que são crescentes os estudos sobre biodiversidade e estratégias de conservação de diferentes ecossistemas , como se conservar o que ainda não se conhece? É uma urgência nos tempos atuais compreender como essa biodiversidade foi construída, como os povos lidaram com as mudanças no ambiente e no clima e, por fim, como modificaram as paisagens ao longo do tempo. Uma etapa importante para registrar as mudanças nas paisagens é o domínio de ferramentas que possam registrar o ambiente no passado, ferramentas essas que são o elemento central desta formação. Como o estudo do ambiente envolve muitas disciplinas distintas, o seminário será interdisciplinar e envolverá ativistas, lideranças tradicionais, pesquisadoras e pesquisadores da Arqueologia, Física, Química, Geologia, Biologia, Botânica de diferentes instituições como UFOPA, UNESP, UNIFESP, UFMG, Instituto do Cérebro, UFRN e USP, buscando criar um espaço de diálogo interdisciplinar e plural em torno da biodiversidade, da conservação e do clima. O objetivo do seminário é apresentar e discutir como essas ferramentas podem nos ajudar a registrar as mudanças no ambiente e contribuir para resgatar e conhecer manejos alternativos à esta exploração intensiva de recursos naturais.
O seminário ocorrerá entre os dias 01 a 03 de agosto de 2023. Contará com uma mesa de abertura no dia 01 às 19h sobre o papel da universidade no enfrentamento das emergências climáticas. Os temas abordados nesta formação serão:
Métodos de datação (Radiocarbono, Termoluminescência, LOE), contribuições para Arqueologia.
Arqueobotânica: Contribuições dos estudos de fitólitos na Amazônia, técnicas de amostragem e usos na arqueologia.
Estudos de isótopos de oxigênio para reconstrução do clima.
Substâncias psicoativas: definição, efeitos, propriedades terapêuticas e sua detecção em artefatos arqueológicos.
Métodos de datação (Radiocarbono, Termoluminescência, LOE), contribuições para Arqueologia.
Arqueobotânica: Contribuições dos estudos de fitólitos na Amazônia, técnicas de amostragem e usos na arqueologia.
Estudos de isótopos de oxigênio para reconstrução do clima.
Substâncias psicoativas: definição, efeitos, propriedades terapêuticas e sua detecção em artefatos arqueológicos.
Estudos das paisagens aplicados à arqueologia: formação e mudanças das várzeas amazônicas.
Macroecologia da vegetação: ferramentas e aplicações no estudo das paisagens.
Estudos das paisagens aplicados à arqueologia: formação e mudanças das várzeas amazônicas.
Macroecologia da vegetação: ferramentas e aplicações no estudo das paisagens.