1. SER PET é se Mobilizar
As organizações que se mobilizam e são conduzidas por petianos(as) e tutores(as) são muito importantes para a manutenção e melhoria do Programa de Educação Tutorial, pois unidas são capazes de impulsionar o fortalecimento e a visibilidade dos grupos PET do Brasil. Tais organizações podem auxiliar e beneficiar os grupos de várias maneiras, através de mudanças políticas, financeiras, estruturais ou filosóficas. Contudo, para tanto precisam pensar, construir e discutir ideias coletivamente, além de apoio e suporte da comunidade petiana. Sendo assim, esse GDT tem como objetivo promover espaços de discussão que possibilitem criar e articular ações mobilizadoras de diferentes naturezas, capazes de promover e auxiliar o desenvolvimentos de atividades pelos grupos PET da Região Sudeste. As organizações envolvidas nessas discussões são InterPET, Mobiliza PET, CENAPET, comissões que contribuem para o crescimento e desenvolvimento do Programa como de Saúde Mental, Sustentabilidade, Diversidade, Divulgação etc.
2. SER PET é debater sobre as diretrizes do Programa
O Programa de Educação Tutorial foi oficialmente instituído pela Lei nº 11.180/2005 e regulamentado pela Portaria nº 976/2010, atualizada pela Portaria nº 343/2013. Essa normatização estabelece as diretrizes norteadoras e as competências do Programa, estabelecendo sua organização estrutural, bem como os direitos e deveres de petianos(as) e tutores(as). É fato que nem sempre as diretrizes previstas na legislação atendem especificidades ou demandas particulares de alguns grupos, tornando indispensável a exposição dessas necessidades. Sendo assim, esse GDT tem como objetivo discutir questões não previstas ou atualizações necessárias na legislação vigente, em busca de atendimento pleno às especificidades de cada grupo PET, a fim de garantir o aperfeiçoamento do Programa.
3. SER PET é propor estratégias para saúde e bem-estar
Um assunto muito frequente na nossa comunidade é saúde mental e bem-estar, especialmente na atualidade com intenso acúmulo de tarefas cotidianas, escolares, familiares, domésticas, pessoais etc. Os(as) estudantes, especialmente, enfrentam uma série de desafios na sua jornada acadêmica para sua permanência nas Instituições de Ensino Superior (IES). Muitas vezes se sentem pressionados(a) a desenvolver várias atividades, projetos de pesquisas que não se sentem à vontade, a produzir muitos textos científicos e ter outras vivências não agradáveis. Essa pressão e acúmulo de atividades, vêm acompanhados de fluxo acentuado de informações disponibilizadas por plataformas digitais, muitas vezes, agravando estados de ansiedade e estresse. Sendo assim, esse GDT tem como objetivo promover a troca de vivências dentro dos grupos PET, em relação a saúde mental dos(as) petianos(as), bem como elaborar ações e medidas que favoreçam o desenvolvimento de um ambiente sadio e de qualidade, que possa ser vivenciado por todos(as). Busca-se também discutir as fragilidades e potencialidades do Programa que influenciam, seja favorecendo ou prejudicando, a saúde dos(as) petianos(as), concedendo ao PET um caráter acolhedor e integrativo.
4. SER PET é contribuir para uma educação de qualidade
O Programa de Educação Tutorial (PET) tem como eixo de suas atividades a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão. Pensando nisso, contribuir para uma educação de qualidade é um dever do(a) petiano(a), que pode ser alcançado através da troca de conhecimento e de informações que auxiliem os(as) ingressantes a permanecerem na universidade, os(as) estudantes de escolas a quererem continuar sua jornada de estudos e a estimular a procura pelo ensino superior. Educação de qualidade transforma indivíduos, os conduz a novas ideias, novas realidades, permite crescimento interno, maturidade e principalmente capacidade de viver com mais dignidade. Sendo assim, esse GDT tem como objetivo discutir possibilidades de ações capazes de contribuir para uma educação de qualidade em diferentes âmbitos.
5. SER PET é prezar e buscar pelas diversidades
A diversidade tem sido um assunto muito debatido nos eventos PET, como Sudeste PET e ENAPET, junto a maneiras de compreendê-la a partir da revisão de valores e atitudes que enfrentam e superam injustiças, preconceitos e estereótipos. Os grupos e comissões do Programa devem refletir sobre diferenças, respeitar a pluralidade de ideias e criar ações em busca de ambientes diversos, plurais e heterogêneos. O Artigo 2º da Portaria nº 976/2010 do Ministério da Educação prevê que o PET deve “contribuir com a política de diversidade na IES, por meio de ações afirmativas em defesa da equidade socioeconômica, étnico-racial e de gênero”. A diversidade é um tema amplo, complexo que abrange um campo de estudo em constante transformação, pois trata de pessoas, pessoas e seus sentimentos, suas histórias, suas vidas e suas vivências. Assim, o objetivo desse GDT é discutir ações que possam ser desenvolvidas pelos grupos PET que permitam inclusão, conscientização, respeito e equidade entre as pessoas, a favor da diversidade.
6. SER PET é exigir suporte financeiro
O financiamento dos grupos PET tem sido negligenciado há tempos, com atraso de bolsas de tutores(as) e petianos(as), atraso e cortes de verbas de custeio e perda de poder aquisitivo pela inexistência de aumento por mais de uma década. Os recursos para o funcionamento dos grupos PET são fundamentais e garantidos pela Lei nº 11.180/2005. O desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa, extensão e ações afirmativas não acontecem com qualidade sem apoio e suporte de material escolar, de informática e outros. A inexistência de recursos financeiros desestabiliza os grupos PET, pois muitos petianos(as) desistem, elevando por exemplo, as taxas de rotatividade, o que desmotiva e dificulta o desenvolvimentos de atividades pelo restante do grupo. Considerando o que foi exposto, pretende-se nesse GDT discutir assuntos relacionados ao recebimento e gestão de subsídios financeiros destinados ao Programa de Educação Tutorial, incluindo bolsas, verbas de custeio, suporte financeiro por parte das IES, parcerias etc.
7. SER PET é trazer inovação
Inovação é um processo associado à criatividade, novidades, renovação, criação e pode ocorrer em diferentes campos do conhecimento: tecnológico, educacional, econômico, social etc. Especialmente, na atualidade, quando se percebe que os assuntos são multidisciplinares e de alguma forma estão conectados. E é a partir dessas conexões que muitas atividades petianas surgem, dessas conexões de ideias, que integram tecnologia e social, ensino e pesquisa ou extensão e ação afirmativa. O que significa que ser petiano(a) é inovar sempre, é ter um turbilhão de ideias para serem implementadas e executadas, ou ainda novas articulações petianas. A todo momento estamos introduzindo novidades, renovando, recriando e aperfeiçoando ações. Deste modo, esse GDT é um espaço para criar e discutir inovações, conceitos modernos, tecnologias, novidades em diversos campos do conhecimento, contribuindo para enriquecimento, articulação e crescimento do PET.
8. SER PET é pensar no coletivo
O sucesso do Programa de Educação Tutorial estimulou o surgimento de diferentes modalidades de grupos PET, o que levanta uma questão interessante sobre quais seriam suas semelhanças e diferenças. O universo PET é representado pelos grupos: PET MEC, PET Institucionais (sendo GET ou PET Institucional), PET Conexões de Saberes e PET Indígena. Brevemente, pode-se citar algumas características mais marcantes de cada um, PET MEC, PET Conexões de Saberes e PET Indígenas são vinculados ao Ministério da Educação, ao contrário dos grupos PET Institucionais e GET que são vinculados à Instituição de Ensino Superior que os criou. Entretanto, o mais notável é perceber que essa multiplicidade de grupos agrega muitas experiências e estas são únicas. São vivências que não se repetem, e se tornam ainda mais diversas pois são realizadas por grupos com realidades diferentes. Diante do exposto, o objetivo deste GDT é criar um espaço de discussão rico em troca de experiências e vivências particulares de cada grupo, quanto à sua organização, funcionamento e atividades.
9. SER PET é realizar projetos sustentáveis
O artigo nº 225 da Constituição Brasileira de 1988 determina que é responsabilidade do poder público e da coletividade a preservação de um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as gerações atuais e futuras. Neste contexto, todo cidadão possui o dever público de contribuir para o desenvolvimento de ações voltadas à preservação ambiental, sendo responsabilidade dos agentes públicos e privados proporcionar um desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentáveis, não esgotando os recursos para o futuro e prezando pela qualidade em todos seus pilares. Muito se discute nos eventos PET a possibilidade de se incluir e desenvolver projetos sustentáveis em todos os PET, por se tratar de um assunto coletivo e que afeta o planeta. Por esse motivo, o presente GDT visa discutir o desenvolvimento de projetos já realizados ou em andamento nos grupos, pensando na sua exequibilidade a curto e longo prazo, além de instigar novos grupos a iniciarem projetos sustentáveis.
10. SER PET é promover a interlocução entre PET e CLAA
O Comitê Local de Avaliação e Acompanhamento é composto por membros da gestão da IES, tutores(as) e discentes do Programa de Educação Tutorial, e tem como responsabilidade a avaliação anual e o acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos grupos PET. Porém, para que o programa e os grupos PET prosperem, é importante que o CLAA seja um órgão representativo e suas funções tenham caráter formativo, com o intuito de auxiliar e fortalecer os grupos. Sendo assim, o objetivo deste GDT é discutir as possibilidades de uma atuação colaborativa do CLAA e propostas para melhorias nas formas de avaliação e acompanhamento.
11. SER PET é lutar pelas demandas da comunidade universitária
A comunidade universitária que compõem as IES vêm ao longo dos anos se diversificando, em parte pelas próprias características da sociedade e em parte como consequência de políticas públicas de ações afirmativas. Tais políticas de acesso ao ensino superior permitem ampliar a disponibilidade de vagas, porém não contribuem para a permanência do(a) estudante na universidade. A educação superior é importante não apenas para a formação de cidadãos(ãs) conscientes, mas também para sua qualificação profissional. Como resultado da democratização do acesso às IES, os ambientes acadêmicos se tornaram múltiplos e plurais, gerando discussões críticas e debates de opiniões acerca de diferentes temáticas. Esse fenômeno possibilitou a oferta de formação acadêmica e cidadã rica e de qualidade. Diante disso, o presente GDT tem como objetivo criar um espaço para ouvir e discutir as questões da comunidade universitária e petiana, trilhando caminhos para o planejamento e execução de atividades que apoiem a permanência e manutenção de estudantes nas universidades.
12. SER PET é proporcionar espaços acessíveis
A palavra acessibilidade faz referência a diferentes aspectos, desde questões estruturais e espaciais, a jurídicas e de atitude. Mas, é importante relacioná-la à ideia de inclusão, de livre acesso e de autonomia. A inclusão não é somente social, pode envolver outras dimensões, como atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística, pedagógica etc. Contudo, no Brasil a acessibilidade não recebe a atenção e o investimento financeiro que demanda, inclusive não é incomum que instituições de ensino apresentem, em diferentes medidas, despreparo para acolher pessoas com deficiência. Tendo isso em vista, esse GDT tem como objetivo elaborar estratégias que contribuam para fortalecer projetos, ideias e atividades de acessibilidade para a comunidade acadêmica ou externa, gerando espaços inclusivos para todos(as).
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