EDEMA PULMONAR DE REEXPANSÃO EM PACIENTE ONCOLÓGICO APÓS DRENAGEM TORÁCICA: UM RELATO DE CASO

Publicado em 12/02/2025 - ISBN: 978-65-272-1187-7

Título do Trabalho
EDEMA PULMONAR DE REEXPANSÃO EM PACIENTE ONCOLÓGICO APÓS DRENAGEM TORÁCICA: UM RELATO DE CASO
Autores
  • Adriano Bondezan Anatolio
  • Ana Júlia Carvalho Paulinelli
  • João Vitor de Freitas Naresse
  • Bruno Pereira Kikuti
Modalidade
Temas Livres
Área temática
Cirurgia Torácica
Data de Publicação
12/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/931709-edema-pulmonar-de-reexpansao-em-paciente-oncologico-apos-drenagem-toracica--um-relato-de-caso
ISBN
978-65-272-1187-7
Palavras-Chave
Edema Pulmonar de Reexpansão; Drenagem Torácica; Toracostomia em selo d'água Ventilação mecânica não-invasiva.
Resumo
Introdução O Edema Pulmonar de Reexpansão (EPR) é uma condição rara que ocorre após a rápida reexpansão de um pulmão previamente colapsado, como em casos de pneumotórax ou derrame pleural. A re-expansão rápida pode causar lesão endotelial, levando ao acúmulo de líquido nos alvéolos, resultando em edema. Os sintomas incluem dispneia, dor torácica e, em casos graves, insuficiência respiratória. O manejo envolve suporte ventilatório e controle cuidadoso da reexpansão pulmonar para minimizar o risco de EPR. Este relato de caso descreve a apresentação, manejo terapêutico e desfecho de um paciente oncológico de 73 anos, com linfangite carcinomatosa metastática de origem prostática, que apresentou sintomas de descompensação respiratória severa após a realização de uma drenagem torácica, com suspeita de ocorrência de um EPR. Objetivos Este relato de caso visa ilustrar a apresentação clínica dessa condição rara, além de destacar as estratégias terapêuticas e preventivas que podem ser utilizadas para minimizar os riscos associados em pacientes suscetíveis. Método O presente estudo trata-se de um relato de caso observacional retrospectivo, sendo fundamentado em evidências clínicas e na análise de exames complementares extraídos do prontuário médico do paciente em questão. Resultados Paciente masculino, 73 anos, com histórico de câncer de próstata metastático, com focos em ossos, fígado e pulmões, além de complicações como linfangite carcinomatosa e osteomielite. Encaminhado de vaga zero para hospital público, devido à quadro de queda do estado geral e hemoptise recente. Na admissão, apresentava insuficiência respiratória com necessidade de suporte de oxigênio em cateter nasal a 2 L/min, com saturação periférica de oxigênio estável. A angiotomografia de tórax revelou espessamento nodular dos septos interlobulares, predominantemente periférico, sugerindo linfangite carcinomatosa, com comprometimento linfático pulmonar. Esse processo foi identificado como a causa subjacente do derrame pleural bilateral, que era mais pronunciado à direita. Diante da persistência da insuficiência respiratória e da dor intensa refratária à analgesia otimizada, foi realizada drenagem torácica, removendo cerca de 1,5 litro de líquido serossanguinolento, sem melhora significativa na função respiratória. Mesmo com oxigenoterapia em máscara não reinalante a 10 L/min, o paciente manteve insuficiência respiratória e piora clínica progressiva. Dada a condição grave e o prognóstico limitado, foi adotada uma abordagem paliativa, com foco na otimização da analgesia e controle da dispneia, sem indicação para intervenções invasivas como intubação orotraqueal, reanimação cardiopulmonar ou diálise. O paciente evoluiu a óbito devido ao EPR. Considerações Finais A linfangite carcinomatosa foi confirmada como a causa do derrame pleural bilateral, resultando em complicações após a drenagem. O EPR pode ser desencadeado pela remoção rápida de grandes volumes de líquido pleural, especialmente em casos de colapso pulmonar prolongado. O EPR ocorre devido à rápida reexpansão pulmonar, que aumenta abruptamente a pressão capilar e altera a permeabilidade dos capilares, o que causa infiltração de líquido e proteínas para o espaço alveolar, levando a edema pulmonar. A prevenção dessa condição requer drenagem pleural lenta e controlada, como demonstrado neste caso, ressaltando a importância de uma abordagem cuidadosa em pacientes com derrame pleural volumoso, como em casos de linfangite carcinomatosa. Referências Bibliográficas ANDRADE FILHO, L. O.; CAMPOS, J. R. M. DE .; HADDAD, R.. Pneumotórax. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 32, p. S212–216, ago. 2006. Freitas VF, Saito EH. Edema Pulmonar de Reexpansão na Doença Pleural. Revista Pulmão RJ. 2016;25(1):21-24. GENOFRE, E. H. et al.. Reexpansion pulmonary edema. Jornal de Pneumologia, v. 29, n. 2, p. 101–106, mar. 2003. Kasmani R, Irani F, Okoli K, Mahajan V. Re-expansion pulmonary edema following thoracentesis. CMAJ. 2010 Dec 14;182(18):2000-2. doi: 10.1503/cmaj.090672. Epub 2010 Jul 19. PMID: 20643838; PMCID: PMC3001507. Prasenohadi, P., & Subekti, W. . (2023). Re-expansion Pulmonary Edema. Respiratory Science, 4(1), 80-84. https://doi.org/10.36497/respirsci.v4i1.130
Título do Evento
I Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Cidade do Evento
Uberlândia
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ANATOLIO, Adriano Bondezan et al.. EDEMA PULMONAR DE REEXPANSÃO EM PACIENTE ONCOLÓGICO APÓS DRENAGEM TORÁCICA: UM RELATO DE CASO.. In: Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro. Anais...Uberlândia(MG) UFU, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/931709-EDEMA-PULMONAR-DE-REEXPANSAO-EM-PACIENTE-ONCOLOGICO-APOS-DRENAGEM-TORACICA--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 26/04/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes