OLINDA, DO MARTÍRIO À GLÓRIA: A HISTÓRIA DA CIDADE MONUMENTO NACIONAL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TOMBAMENTO DO IPHAN (1972-1980)

Publicado em 23/01/2020

Título do Trabalho
OLINDA, DO MARTÍRIO À GLÓRIA: A HISTÓRIA DA CIDADE MONUMENTO NACIONAL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TOMBAMENTO DO IPHAN (1972-1980)
Autores
  • CAMILLA GOMES
Modalidade
Resumo
Área temática
Eixo temático 3 – A via crítica do patrimônio: trajetórias e perspectivas
Data de Publicação
23/01/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/seminarioarqedoc2019/215300-olinda-do-martirio-a-gloria--a-historia-da-cidade-monumento-nacional-atraves-do-processo-de-tombamento-do-iphan-
ISSN
Palavras-Chave
Olinda, Monumento Nacional, IPHAN, Tombamento
Resumo
Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a ser erigida à condição de Monumento Nacional, antes mesmo da existência do SPHAN, que só viria a ser efetivamente criado em 1937. Olinda é reconhecida como tal apenas em 1980, doze anos decorridos do seu tombamento. O artigo apresentará, a partir da análise do processo de tombamento de Olinda, o pleito para que Olinda fosse reconhecida Monumento Nacional, iniciado em 1972 e findado em 1980. Mostrar-se-á a análise das entrelinhas e do significado que o título teve para a martirizada cidade naquele contexto político, fazendo o contraponto com o que significou para Ouro Preto o título ainda em 1933. A ideia de Monumento Nacional é alavancada a partir de uma lógica de servir ao Estado como aglutinador de uma pretensiosa nacionalidade. Mas Olinda andava esquecida, como disse Drummond1 . Em livro2 comemorativo à sua elevação enquanto Monumento Nacional, Fernando Coelho, autor do projeto de lei que solicitava tal feito, fala sobre o processo: Outras cidades brasileiras – quase todas mais novas e com presença menos assinalada na nossa história e na nossa vida cultural - já haviam sido distinguidas com o título honroso de “Monumento Nacional”. Com o título e com o tratamento a que o título obriga. Enquanto Olinda permanecia esquecida. Discriminada nos orçamentos federais. Sem conseguir sequer os recursos imprescindíveis para conter o avanço do mar, as inundações do Beberibe, o deslizamento dos morros. Injustiçada com a negativa do galardão e dos serviços públicos a que tinha direito. Abandonada à sua própria sorte, sem meios nem ao menos para conservar o conjunto arquitetônico do Sítio Histórico, ameaçado de destruição (COELHO, 1982, p. 13). Olinda é reconhecida como “Monumento Nacional” doze anos após seu tombamento em 1968, o que nos dá margem a pensar que o tombamento não havia sido “suficiente” para sua preservação, como sugere o trecho transcrito de Coelho (1982), e questionar, na análise desenvolvida no artigo, o que significou, então, esse título honorífico para a esquecida e injustiçada cidade. 1 Numa coluna do Correio da Manhã, datada em 24/04/1968, o poeta escreve: “Assim também, ao ver a DPHAN colocar sob sua especial proteção conjuntos urbanos tradicionais, como Ouro Preto, Diamantina, e outros, em Minas, Parati no Estado do Rio, Pilar em Goiás, Alcântara, no Maranhão, seria o caso de inquirir-lhe: ‘E esqueceste a velha Olinda, distraída? ‘”. Em: IPHAN, Série Tombamentos, Processo 674-T-62, Vol I, pp. 34. 2 Edição comemorativa à Elevação de Olinda a Cidade Monumento Nacional, 1982, por Fernando Coelho. Direitos reservados da edição à Prefeitura de Olinda.
Título do Evento
6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GOMES, CAMILLA. OLINDA, DO MARTÍRIO À GLÓRIA: A HISTÓRIA DA CIDADE MONUMENTO NACIONAL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TOMBAMENTO DO IPHAN (1972-1980).. In: Anais do 6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminarioarqedoc2019/215300-OLINDA-DO-MARTIRIO-A-GLORIA--A-HISTORIA-DA-CIDADE-MONUMENTO-NACIONAL-ATRAVES-DO-PROCESSO-DE-TOMBAMENTO-DO-IPHAN-. Acesso em: 28/04/2025

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