O DECLÍNIO DE UMA CIDADE HISTÓRICA CAPIXABA: A DESPATRIMONIALIZAÇÃO DE MUQUI

Publicado em 23/01/2020

Título do Trabalho
O DECLÍNIO DE UMA CIDADE HISTÓRICA CAPIXABA: A DESPATRIMONIALIZAÇÃO DE MUQUI
Autores
  • GENILDO COELHO HAUTEQUESTT FILHO
  • Leoni Rigoni Salarolli
  • Mariana Cardoso Pereira
Modalidade
Resumo
Área temática
Eixo temático 3 – A via crítica do patrimônio: trajetórias e perspectivas
Data de Publicação
23/01/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/seminarioarqedoc2019/217488-o-declinio-de-uma-cidade-historica-capixaba--a-despatrimonializacao-de-muqui
ISSN
Palavras-Chave
Palavras-Chave: Gestão patrimonial, Tombamento, Despatrimonialização.
Resumo
A cidade de Muqui, localizada no sul do Estado do Espírito Santo, é o exemplar mais singular das cidades que surgiram no século XIX nesta região, fruto do processo de expansão de terras para o cultivo do café a partir do Vale do Paraíba carioca. Na virada do século XIX para o século XX a malha urbana já estava consolidada, principalmente o eixo da ferrovia que cortava todo o centro urbano e permitia a ligação física entre Muqui e o Rio de Janeiro, então Capital Federal. Todo o desenvolvimento da cidade, até os dias atuais, sempre esteve vinculado à agricultura cafeeira, portanto, a arquitetura produzida em Muqui remete aos períodos de alta e queda nos preços do café, até a última grande depressão gerada pela implementação do Plano Nacional de Erradicação dos Cafeeiros Improdutivos que causou a definitiva estagnação da cidade a partir do final dos anos 1960. Por sua representatividade arquitetônica, urbanística, paisagística e cultural e, também, pelo estado de preservação do conjunto, a partir de 1998 a administração municipal, juntamente com a comunidade, implementou um processo de gestão patrimonial participativo, que foi o responsável pelo tombamento municipal do centro histórico e gerou valiosos resultados econômicos e sociais para a comunidade. A partir do ano de 2012, quando a cidade foi tombada como patrimônio estadual, a gestão do sítio histórico passou a ser feita por técnicos sediados na capital do estado, a 170km de Muqui. Nessa nova gestão a comunidade perdeu seu protagonismo, uma vez que todas as decisões passaram a ser tomadas na capital, sem a participação da comunidade local. Como consequência deste modelo de gestão a cidade está passando por um grave processo de despatrimonialização no qual a comunidade, outrora grande parceira da gestão patrimonial, está deixando de reconhecer este importante acervo, até então preservado por eles, como patrimônio cultural, e tem se colocado frontalmente contra a preservação do sítio histórico, incorporando o discurso de que o tombamento congelou a cidade no tempo, impossibilitando qualquer tipo de desenvolvimento. A partir desta problemática, este artigo investiga quais foram as causas e quais estão sendo os efeitos diretos da despatrimonialização do Sítio Histórico de Muqui, tendo como fontes de pesquisa os processos de tombamento municipal e estadual, juntamente com narrativas dos principais atores deste processo, entre técnicos responsáveis pela atual gestão e comunidade local. Palavras-Chave: Gestão patrimonial, Tombamento, Despatrimonialização.
Título do Evento
6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, GENILDO COELHO HAUTEQUESTT; SALAROLLI, Leoni Rigoni; PEREIRA, Mariana Cardoso. O DECLÍNIO DE UMA CIDADE HISTÓRICA CAPIXABA: A DESPATRIMONIALIZAÇÃO DE MUQUI.. In: Anais do 6º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminarioarqedoc2019/217488-O-DECLINIO-DE-UMA-CIDADE-HISTORICA-CAPIXABA--A-DESPATRIMONIALIZACAO-DE-MUQUI. Acesso em: 15/04/2025

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