UMA TRABALHADORA PODE SER ATRIZ? DESAFIOS METODOLÓGICOS NA ANÁLISE DA ENTREVISTA DE MARINA EUZÉBIO, ATRIZ DA MONTAGEM “O ÚLTIMO CARRO”

Publicado em 19/08/2022 - ISBN: 978-65-5941-789-6

Título do Trabalho
UMA TRABALHADORA PODE SER ATRIZ? DESAFIOS METODOLÓGICOS NA ANÁLISE DA ENTREVISTA DE MARINA EUZÉBIO, ATRIZ DA MONTAGEM “O ÚLTIMO CARRO”
Autores
  • NATALIA CRISTINA BATISTA
Modalidade
Apresentação de trabalho em simpósio temático
Área temática
ST02 - História Oral e Memória das Artes, da Cultura e da Criatividade
Data de Publicação
19/08/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xviencontronacionaldehistoriaoral/483522-uma-trabalhadora-pode-ser-atriz-desafios-metodologicos-na-analise-da-entrevista-de-marina-euzebio-atriz-da-mont
ISBN
978-65-5941-789-6
Palavras-Chave
Teatro, O Último Carro, história oral.
Resumo
Esta comunicação pretende fazer uma análise da entrevista temática realizada com Marina Euzébio, atriz da montagem O Último Carro, dirigida por João das Neves na cidade de São Paulo, em 1977. Esta peça foi a primeira no Brasil a mesclar atores profissionais com trabalhadores das classes populares em seu elenco, devido ao fato de que o seu roteiro narrava a história de um trem de periferia sem maquinista com passageiros oriundos das classes populares. Foram realizadas mais de 18 entrevistas com atores da montagem, dentre elas Marina Euzébio. Antes de entrar na montagem foi cozinheira informal em um hospital e talvez por isso a experiência tenha sido atípica para ela: horários flexíveis, carteira de trabalho assinada e reconhecimento pelo seu trabalho. Todo este contexto fez com que a sua inserção na montagem tivesse grande impacto em sua vida, o que pode ser percebido através do enaltecimento desse evento em sua narrativa. Permeada por expressões como “eu fui feliz”, “melhor coisa do mundo”, “eu amava”, “me realizei”, a entrevista é atravessada por sentimentos de gratidão por sua participação na montagem, pela sua carreira e por aquele momento do passado. Esta interpretação não remete apenas à narrativa construída, mas pode ser percebida no contato inicial, na escolha para o local da entrevista e na inclusão de toda a família nesse momento. A hipótese principal é que por se tratar de um evento único na vida de Euzébio, a entrevista se apresentou mais potente para a interpretação do indivíduo e não do espetáculo investigado. Eventos considerados marcantes para a trajetória do espetáculo não faziam parte do escopo memorialístico da ex-atriz. Diante desse cenário, pretende-se analisar as dificuldades metodológicas para exercer a arte da escuta e interpretar uma entrevista que trata de um momento de vida específico de um sujeito e parte dele para construir a narrativa sobre o passado, a compreensão do presente e a projeção do futuro
Título do Evento
XVI Encontro Nacional de História Oral - Pandemia e Futuros Possíveis
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BATISTA, NATALIA CRISTINA. UMA TRABALHADORA PODE SER ATRIZ? DESAFIOS METODOLÓGICOS NA ANÁLISE DA ENTREVISTA DE MARINA EUZÉBIO, ATRIZ DA MONTAGEM “O ÚLTIMO CARRO”.. In: Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/XVIEncontroNacionaldeHistoriaOral/483522-UMA-TRABALHADORA-PODE-SER-ATRIZ-DESAFIOS-METODOLOGICOS-NA-ANALISE-DA-ENTREVISTA-DE-MARINA-EUZEBIO-ATRIZ-DA-MONT. Acesso em: 26/12/2024

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